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Qual “Transformação Digital” o Brasil Apresentará no Encontro dos G20?

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O ano de 2024 marca a estreia do Brasil na presidência do G20, antes ocupada pela Índia. As transformações digitais já podem ser vistas e a pauta deste ano se baseará em uma agenda mais global e focada nas exigências e necessidades de cada país participante.

O encontro que ocorreu no mês passado, no Rio de Janeiro, entre os ministros das relações exteriores de 19 nações, teve como debate principal temas centrais da agenda internacional do G20. Desde 1999, as economias mais fortes do mundo se unem visando fazer frente e discutir as crises econômicas no mundo, e traçar planos para a crescente necessidade de desenvolvimento dos chamados países emergentes. 

E com isso, as transformações digitais e tecnológicas vão ganhando cada vez mais espaço. E uma delas tem a ver com Brazil VPN, que entra ano e sai ano, acaba sendo requisitado por milhares de empresas do Brasil.

O que vem a ser o G20

Bem, o grupo dos 20 países apoia diretamente o crescimento e desenvolvimento mundial através de aberturas de diálogos entre as nações, sobre temas como:

  • Políticas nacionais;
  • Cooperação internacional;
  • Instituições financeiras.

Tudo relativo à estabilidade econômica global e associado aos interesses das nações em questão pode ser visto como a base para as discussões realizadas pelas potências do G20. E além dos ministros dos países, há também a participação do Presidente do Banco Mundial e do Diretor do FMI.

Além do Brasil os demais países que compõem o G20 são: África do Sul, Alemanha, Indonésia, Itália, Reino Unido, China, Coreia do Sul, México, Japão, Estados Unidos, Arabia Saudita, Austrália, Canadá, Índia, França, Turquia e Rússia, contando também com os blocos da UE e UA (União Africana). Temos aqui reunidos 2 terços da população mundial!

Todo ano, a presidência do grupo muda, ou seja, é rotativa, e esse ano, o Brasil está na presidência. A partir da primeira reunião em fevereiro, podemos ver as transformações digitais e principais ideias levantadas juntamente com as outras nações. As prioridades brasileiras este ano são:

  • O combate irrestrito ao aquecimento global; 
  • Promoção do desenvolvimento sustentável;
  • Inclusão social;
  • O combate à fome e à pobreza;
  • A reforma das instituições globais.

Estes temas citados acima estão internamente ligados às expectativas do atual governo do Presidente Lula que, desde o início de seu mandato, visa recolocar a economia do país como influente nas relações internacionais. E isso acaba por fazer o mundo enxergar o Brasil não apenas como mero coadjuvante, como há muito tempo tem sido, mas no papel principal de articulador diplomático.

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Em 2008, o Brasil também havia sido escolhido para a presidência do G20, e os temas discutidos e levantados na época foram sobre biocombustíveis, espaço fiscal e competição voltada para o setor financeiro. 

O G20 de 2024

Para entendermos como funciona o grupo dos 20 países em 2024, temos que mencionar que diversos subgrupos de engajamento se formam baseados em assuntos e participações específicas e sobre cada necessidade a ser abordada. Por exemplo, temos o T20 (chamado em inglês de Think20). Aqui, a Data Privacy Brasil (unida à Fundação de Pesquisa de Observação ou ORF em inglês) se reúne a líderes de outras frentes, como os grupos de cientistas, líderes de negócios, ativistas, auditores e organizações de mulheres, além de jovens.

É um verdadeiro complexo em que o T20 funciona como a base principal da estrutura do G20, formulando ideias e promovendo melhores políticas através dos seus subgrupos. E um dos principais pilares da Data Privacy Brasil é, certamente, a Transformação Digital Inclusiva. Esta corresponde à quinta força tarefa, de um total de 6 que listaremos a seguir.

  • Combate às desigualdades, pobreza e fome;
  • Ação climática sustentável;
  • Reforma da arquitetura financeira internacional;
  • Comércio e investimento para crescimento inclusivo;
  • Transformação digital inclusiva;
  • Reforço do multilateralismo e governança global.

Cada uma dessas forças tarefas é liderada e organizada especificamente por um secretariado. Assim, temos a ORF (aliada à Data Privacy Brasil) concentrando seus esforços em prol de uma elaboração de recomendações no que diz respeito a impulsionar cada vez mais as inovações digitais inerentes nos dias de hoje no Brasil.

Quando essas recomendações são escolhidas e selecionadas, as mesmas são enviadas a um grupo específico para serem trabalhadas e futuramente implementadas – o Grupo de Trabalho de Economia Digital. Com isso, o grupo se responsabiliza por analisar e engajar os processos de negociações além dos parâmetros brasileiros, ou seja, visando um âmbito internacional.

A Transformação Digital Inclusiva (tão debatida durante o G20 reunido no Rio de Janeiro) deve abordar não apenas os princípios que deliberadamente o regem, mas deve também garantir que as tecnologias digitais consigam ser acessíveis a todos, sem nenhum tipo de exclusão. Os serviços digitais e a segurança da internet devem ser fator essencial para que todos os brasileiros tenham direitos iguais quando se trata de inclusão digital.

Tudo isso servirá lá na frente para evitar que haja um grande lapso entre os que possuem acesso e os que são totalmente privados, excluídos do contato com o mundo digital. E isso pode, a longo prazo, trazer enormes prejuízos ao desenvolvimento humano, pois pode ser visto como um direito que foi privado do cidadão.

Essa é a principal ideia quando falamos de Transformação Digital, que visa, repetimos aqui, atender diretamente as necessidades dos vulneráveis e com acesso restrito à internet e a outras formas de comunicação digital. Sendo assim, uma sociedade mais aberta e interativa poderá se formar mediante essa interconexão trazida pela transformação digital.

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O governo brasileiro vem se movimentando e recebendo incentivos financeiros importantes como do Reino Unido (vide o pacote de cerca de 6 milhões dados para o Programa de Acesso Digital no Brasil). Esse incentivo impulsionará as habilidades digitais em mais de 60 comunidades brasileiras, que estarão integradas com seus negócios digitais e utilizando as novas tecnologias para se inserirem na economia brasileira.

O futuro, nesse âmbito, é bastante promissor. Os líderes se mostram engajados e com vontade de mudar a atual realidade, o que não é de todo ruim. O foco na transformação digital de certa forma atraiu os olhares dos principais líderes do exterior que desejam alinhar suas estratégias às do Brasil. O momento parece ser bastante oportuno para a expansão de parcerias nas agendas das lideranças que se reuniram este ano no Rio de Janeiro. Sendo assim, estejamos otimistas para os próximos anos.

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