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Rama Dantas prega autodefesa e estatização da educação

A candidata ao Governo da Paraíba pelo PSTU, Rama Dantas, foi a segunda a participar da sabatina com todos os candidatos ao Governo do Estado que ocorre durante esta semana no programa Correio Debate, da Rede Correio Sat. Como destaque da entrevista desta terça-feira (18), Rama defendeu a autodefesa dos trabalhadores, a partir de conselhos populares, e a estatização da educação privada em todo o estado.

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Educação – “É um processo democrático, que não acontece no nosso estado. Queremos resgatar uma educação de qualidade para que os trabalhadores possam efetivamente gerir a educação. A apropriação do conhecimento dos trabalhadores e pela população em geral não pode ser vendida. Aprender a ler e escrever é uma questão de primeira necessidade e de formação do indivíduo”.

Questionada, a candidata disse que quer estatizar a educação privada em todo o estado.

Segurança pública – “A situação dos trabalhadores infelizmente depende, nos últimos anos, de bolsas e penduricalhos quando se aposenta. Queremos uma alternativa para esses trabalhadores para que eles tenham melhores condições defendemos desmilitarização da PM, que passaria a ser organizada junto com a Civil; conselhos de autodefesa nos bairros. Não podemos mais permitir que os trabalhadores de segurança não tenham condições de desenvolver seu trabalho dignamente. Policiais morrem mais enquanto não estão trabalhando; temos que fazer concurso público, ampliar direitos, condições de trabalho para eles e família vivam dignamente”.

“Nosso governo estará pautado em conselhos populares e a partir deles, conselhos de auto defesas, que não irão agir em função do crime, mas sim, em função do povo. Comitês populares que irão discutir junto com a comunidade instrumentos de organização dos trabalhadores. Os trabalhadores irão se organizar para poder se defender. Nós vamos efetivamente, em nosso governo, permitir não só o aparato do estado com a polícia unificada, mas, junto com estes comitês, que elaborem uma política pública de segurança”.

Desmilitarização da PM – “Isso é uma discussão que surge dentro da PM. Desmilitarizar não é acabar com a polícia, mas ter uma polícia única Civil. A PM, a forma hierarquia da PM, é herança da ditadura. Na polícia única esses trabalhadores vão se organizar e buscar melhores condições de trabalho. Iremos constituir conselhos populares para discutir a auto defesa”.

Funcionalismo público e PCCRs– “Os serviços oferecidos pelo Estado são de primeira necessidade e devem ser de qualidade. Para isso, os profissionais precisam ter condições de trabalhar de forma digna. Garantir salários dignos para permitir que os trabalhadores tenham condições de oferecer os serviços de forma contente. Garantir os PCCRs dos professores, o que o governo do Estado não faz. Na Polícia Civil, quase 40% do salário deles é de bolsa desempenho e quando eles se aposentam perdem isso”.

“Os professores quando chegam na aposentadoria perdem 30% de salário e precisamos dar salários dignos, dignidade na velhice e não relegar eles a essas condições de redução da qualidade de vida na aposentadoria”.

Terceirizações – “Se trata da precarização do serviço. Na educação os professores prestadores recebem menos da metade dos efetivos. Eles não podem se organizar para reivindicar. Empresas particulares enriquecem a custa dos trabalhadores do serviço público”.

Desvios de recursos no governo – “Os recursos produzidos pelo povo devem estar a disposição do povo. No nosso estado, existe uma política de herança dos coronéis, que empregam a família do marido, da mulher e essa família só enriquece. Eles se apropriam da maquina pública. Precisamos acabar com essa política de parentela”.

“Precisamos garantir que os recursos sejam investidos para o povo. Temos que acabar com essa farra de transformar o estado como o quintal do governante, onde ele pega o dinheiro e gasta com o que quer. O povo deve ter o poder de decisão”.

Salários de governador – “Eu propus que caso os candidatos fossem eleitos eles ganhassem o mesmo salário de um professor de educação básica. Defendemos relacionar o salário do governador e deputados ao de professor de educação básica do nosso estado, assim valorizando os trabalhadores de educação e acabando com esses salários astronômicos. O governador não faz feira, não paga água nem luz e ele tem que ganhar mais do que um servidor que sofre para sobreviver?”.

Trabalhadores desempregados – “Temos uma massa grande de desempregados e nosso projeto é construir uma alternativa, um grande plano de obras públicas, resolvendo problemas como habitação, saúde e resolvendo as necessidades básicas da população e gerando emprego para essa grande massa de desempregados”.

Repasse integral do duodécimo – “Efetivamente vamos acabar com os salários de marajás em todos os poderes. Enquanto a maioria da população vive com salário mínimo, meia dúzia vive com salários de marajás. Vamos garantir que todos os poderes funcionem de forma que as condições de trabalho sejam garantidas. Nas universidades, ao invés de investir na expansão e qualificação dos trabalhadores, se faz utilização de verbas públicas em universidades particulares. Verbas públicas devem ser investidas em instituições públicas”.

Saúde – “Saúde como educação não pode ser tratada como mercadoria. Quem tiver saúde privada será desapropriada. Terá o controle dos trabalhadores. Saúde pública de qualidade deve ser oferecida para todos. Nós sofremos e vamos acabar com esse sofrimento. Queremos pegar esse sofrimento e transformar em uma organização dos trabalhadores”.

Estatização da telefonia e energia elétrica – “Elas voltam para o controle dos trabalhadores. Iremos estatizar e essas empresas vão estar no controle dos trabalhadores. Serviços de primeira necessidade para a população precisa ser garantida pelo Estado”.

Recursos hídricos – “Esses que estão ai tratam recursos hídricos para tirar foto, mas não revolvem efetivamente. Existe um movimento nacional, chamado articulação do semiárido, que propõem a construção de cisternas e de barragens subterrâneas. As saídas concretas já foram dadas, mas os governantes não fazem. Estamos com um programa pautado em uma discussão que existe a anos e anos e com uma resposta completa para resolver o problema da água no Estado. Não é vontade política deles, os governantes, de resolver a questão hídrica. Conviver com o semiárido é extremamente possível. O acúmulo da água em reservatórios subterrâneos resolveria o problema da água no semiárido paraibano”.

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