Em meio a uma enorme crise que envolve denúncias de favorecimento pessoal em negociação de jogadores e perda de apoio político, Carlos Miguel Aidar decidiu renunciar à presidência do São Paulo, o que deverá acontecer formalmente na noite desta terça-feira (13).
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Assim que Aidar renunciar, o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, assumirá imediatamente a presidência e deverá convocar eleições em até 30 dias. O próprio Leco deverá ser candidato e o favorito a assumir o comando do clube. O mandato irá até abril de 2017.
Os acontecimentos da última semana minaram a força política de Carlos Miguel Aidar e o isolaram no cargo. No sábado (10), o presidente recebeu o comunicado de que o grupo político liderado pelo seu antigo vice, Júlio Casares, havia retirado o apoio e passava a integrar a oposição. Na sexta (9), o presidente se reuniu com as suas filhas e repensou a decisão de continuar no comando diante de tantos conflitos.
Em alta
Parte da renúncia de Aidar pode ser atribuída a Ataíde Gil Guerreiro e é com essa casca que o cartola pode ser reconduzido à vice-presidência de futebol. Há, porém, ressalvas por suposta conivência justamente com as irregularidades de Aidar levantadas por ele. Questionam o tempo que Ataíde levou para tomar uma atitude. Vinícius Pinotti, antes isolado no departamento de marketing, também ganhou moral e foi convidado para retornar à diretoria. Até Gustavo Oliveira, ex-gerente-executivo de futebol, tem a volta especulada.
Em baixa
Julio Casares, ex-vice geral, e Douglas Schwartzmann, ex-vice de comunicação e marketing, foram os primeiros a pedir demissão, mas seus grupos políticos (Participação e Movimento São Paulo) retiraram o apoio a Aidar somente após a renúncia prometida. Dorival Decoussau (relações institucionais) e Eduardo Alfano (relações internacionais), que eram do Clube da Fé, mantêm apoio pelo Força São Paulo. Oposicionistas exigem que nenhum deles faça parte dos planos de reestruturação.