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Retrospectiva 2021: vacina trouxe esperança com redução de casos da Covid-19 na Paraíba

Relembre como a pandemia continuou a afetar a vida dos paraibanos neste ano
Enfermeira Marineide Rodrigues foi a primeira pessoa a ser vacinada contra Covid-19 na Paraíba (Foto: Divulgação)

A Paraíba entrou em 2021 ainda sob o temor da pandemia de Covid-19, mas com uma “dose” de esperança: a vacina, que já estava sendo aplicada em alguns países desde os últimos meses de 2020, e que chegou ao Brasil no início do ano.

O número de casos e mortes, que atingiu os patamares mais baixos desde o início da pandemia pouco antes da passagem do ano, voltaria a subir e dessa vez de forma vertiginosa, mostrando a face cruel de uma doença que ainda não estava sob controle. Em 31 de março, o estado registrou o maior número de mortes em apenas um dia desde o início da pandemia.

Porém, com o avanço da vacinação, os números ruins começaram a diminuir no segundo semestre, mesmo com o registro de casos de uma nova variante – a Delta, com maior poder de transmissão. Ainda assim, o reflexo da vacinação em massa repercutiu nos hospitais, que apresentaram o menor índice de ocupação de leitos desde o início da pandemia no dia 25 de dezembro.

Uma instabilidade nos sistemas do Ministério da Saúde, gerada por um ataque hacker, está deixando a Paraíba e os demais estados brasileiros “no escuro” em relação aos dados de vacinação. No entanto, em uma das últimas atualizações do sistema – no dia 9 de dezembro, 81,85% da população a partir dos 18 anos de idade tinha completado os esquemas vacinais.

Início da vacinação

O uso emergencial do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 17 de janeiro. Nesse mesmo dia, o primeiro paraibano foi vacinado: o médico Almir Ferreira de Andrade, que atuava no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

A primeira remessa de vacinas contra o coronavírus – 114.880 doses do imunizante Coronavac – chegou à Paraíba no dia 18 de janeiro.

O dia seguinte, 19 de janeiro, ficou marcado como o início oficial da vacinação na Paraíba. Simbolicamente, a primeira pessoa vacinada foi justamente quem estava na “linha de frente”: a enfermeira Marineide Rodrigues Gouveia Ferreira, que trabalhava no Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa.

Na mesma época, a Paraíba recebia pacientes de Manaus (AM), que vivia o segundo colapso na rede de saúde por conta da pandemia do novo coronavírus. Os primeiros pacientes foram enviados para os hospitais universitários Lauro Wanderley (UFPB), em João Pessoa, e Alcides Carneiro (UFCG), em Campina Grande.

Mais um ano sem festas

Pelo segundo ano seguido, a Paraíba não teve festas públicas de Carnaval e São João nas cidades. Em João Pessoa, o prefeito recém-eleito na época, Cícero Lucena, anunciou o cancelamento das festividades no dia 18 de janeiro. Àquela altura, o estado já chegava à marca de 4 mil mortos pela doença.

Campina Grande não realizou o “Maior São João do Mundo” pela segunda vez. O evento foi substituído por uma versão virtual, com transmissão pelo YouTube.  

Decretos para controlar reabertura

Os inúmeros decretos municipais e estaduais tentaram ordenar a reabertura gradual de alguns setores. 

No período mais crítico da pandemia em 2021, no mês de março, muitas cidades aumentaram as restrições de circulação. Cidades litorâneas como João Pessoa, Cabedelo e Conde tiveram que fechar praias para conter aglomerações.

Pouco depois, em julho, com os números de casos e mortes já começando a apresentar queda, pouco a pouco os municípios abrandaram as medidas, flexibilizando serviços, retomando aulas presenciais nas escolas e liberando grandes shows e eventos esportivos.

Pandemia na Paraíba em números

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