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Samu de João Pessoa recebeu mais de 22,4 mil trotes de janeiro a novembro

Número corresponde a quase 10% do total de ligações recebidas pelo serviço entre janeiro e novembro deste ano; prática pode render detenção de um a seis meses e multa
(Foto: Secom-JP)

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de João Pessoa (Samu-JP) recebeu 234.173 chamadas no período de janeiro a novembro deste ano. Deste total, 22.465 foram identificadas como trotes, ou seja, quase 10% das ligações.

Essa transgressão se configura crime e, quando identificado, o autor é enquadrado no artigo nº. 340 do Código Penal Brasileiro por falsa comunicação, cuja pena é detenção de um a seis meses ou multa.

No Samu, quando a ligação é identificada como trote, é feito um registro em um banco de dados, sendo contabilizado em estatísticas e, posteriormente, encaminhado a delegacias e Procuradoria para providências cabíveis. 

O trote acaba atrapalhando o atendimento de quem realmente precisa de socorro. “Chegar precocemente à vítima após ter ocorrido alguma situação de urgência ou emergência que possa levar a sofrimento ou mesmo à morte é de extrema importância para a nossa população, pois cada segundo é importante na tentativa de salvar uma vida ou diminuindo os danos e evitando a morte precoce”, afirma o coordenador geral do Samu-JP, Galileu Machado.

Balanço de ocorrências

O serviço atendeu 22.256 ocorrências no período de janeiro até novembro deste ano. Deste total, o tipo de atendimento mais frequente é o de socorro, que corresponde a cerca de 90% (20.444) dos chamados, enquanto o restante corresponde a transferências e remoções. Mensalmente, o serviço realizou uma média de 2 mil atendimentos.

De acordo com o levantamento do Samu-JP, as principais ocorrências registradas este ano foram os acidentes de trânsito (3.816). Outras ocorrências atendidas com frequência pelas equipes de socorro foram psiquiátricas (2.323), paradas cardiorrespiratórias (498), AVC (448), pediátricas (351) e síndromes gripais (255).

Quando chamar o Samu

O Samu atende diversas ocorrências, como urgências traumatológicas, psiquiátricas, obstétricas, pediátricas e clínicas, a exemplo de intoxicação, queimaduras graves, trabalho de parto com risco para a mãe ou para o bebê, quedas e crises convulsivas. Nestes casos, o serviço deve ser acionado de imediato.

De acordo com o Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Samu, um atendimento é considerado socorro quando as ambulâncias e motolâncias são despachadas para atender uma ocorrência. Já a orientação acontece quando um usuário faz um chamado e, como o caso não é grave, o médico da equipe faz o atendimento por telefone.

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