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Saúde vocal: conheça os principais problemas de voz

Especialista do Unipê explica como são feitos os diagnósticos e tratamentos

Usar a voz para as diversas atividades é algo bastante comum para a maioria das pessoas. E algumas podem até valer-se dela profissionalmente, como repórteres televisivos ou professores. Para esses, o cuidado é rotineiro. Mas é também comum que as pessoas não percebam que o cuidado com a voz reflete em qualidade de vida.

Sintomas como ardência e rouquidão, até mesmo falhas, são sinais que apontam para problemas com a saúde vocal. E segundo o Prof. Dr. Rafael Nóbrega Bandeira, de Fonoaudiologia do Unipê, os principais problemas estão relacionados ao mau uso da voz.

“Dentre os diagnósticos mais incidentes estão as disfonias secundárias à nódulos vocais (comumente chamados de calos vocais), que ocorrem por atrito excessivo entre as pregas vocais e geram um aumento de massa patológico no terço médio dessas estruturas, que se traduz em sintomas como rouquidão e falhas na voz”, exemplifica. E a disfonia por fenda glótica é recorrente: ela decorre da fadiga muscular na laringe e impede o correto fechamento das pregas vocais. “Nesses casos, os pacientes relatam sintomas como fadiga, dor e cansaço ao falar”, conta.

Algumas comorbidades, como doença do refluxo laringofaríngeo, e distúrbios emocionais também estão atrelados à presença de distúrbios da voz. “Alguns grupos populacionais estão mais susceptíveis à distúrbios da voz como mulheres, pessoas muito comunicativas e extrovertidas e pessoas que necessitam da voz para desempenhar suas atividades profissionais como professores, atores, cantores, teleoperadores, entre outros”, elenca.

Diagnóstico e tratamentos

Devemos ter atenção com rouquidão, falhas na voz, voz fraca, esforço, dor ou cansaço ao falar, piora da voz ao fim do dia ou da semana. Se esses sintomas estiverem presentes por mais de 15 dias, a recomendação é buscar por avaliação e diagnóstico com médicos otorrinolaringologistas e/ou fonoaudiólogos especialistas em voz.

Os médicos são responsáveis pelo diagnóstico laríngeo com exames laringoscópicos e pela indicação de tratamentos medicamentosos e cirúrgicos, quando necessário. Já o especialista em voz atua no tratamento fonoterápico, cujo objetivo é adequar a funcionalidade da musculatura laríngea e corrigir a principal causa dos distúrbios vocais: o comportamento vocal inadequado.

“Vale destacar que os distúrbios da voz não são considerados doenças, mas sintomas de um problema maior, como distúrbios neurológicos, respiratórios, alérgicos, emocionais, gastrointestinais e comportamentais. Se a causa do distúrbio não for corretamente identificada e tratada, tratamentos cirúrgicos e medicamentosos podem ser limitados, uma vez que a causa ainda estará presente. Assim, há grandes chances de a alteração vocal voltar a ocorrer novamente”, pontua Rafael.

O curso de Fonoaudiologia do Unipê está com vagas abertas para o Vestibular Tradicional 2022. As pessoas interessadas podem conferir mais informações e realizar a inscrição em unipe.edu.br/processo-seletivo-graduacao-presencial.

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