Os quatro bandidos presos suspeitos de efetuarem a explosão de um carro-forte às margens da rodovia BR-230, em Pedras de Fogo, vão permanecer presos em presídios do estado. A informação foi confirmada ao Portal Correio após realização de audiência de custódia no Fórum Criminal de João Pessoa.
Leia também: Bando que explodiu carro-forte tinha arma usada em guerras mundiais
O quarteto é suspeito de formação de quadrilha que explodiu o carro-forte e fugiu com malotes de dinheiro. Porém, eles foram presos ainda na tarde desta segunda em uma granja no município de Lucena, na Grande João Pessoa.
Com o grupo, a polícia apreendeu metralhadora calibre 50, um fuzil AK 47, pistolas e diversas munições. Após horas de negociação, os bandidos acabaram se entregando à polícia.
O ataque
O carro-forte foi explodido na manhã desta segunda-feira (6) em trecho da BR-230 no município de Pedras de Fogo, em área próxima a canaviais. Este foi o sétimo ataque desse tipo registrado somente em 2018 na Paraíba. Mas, diferente das outras vezes, dessa vez a situação não terminou bem para os criminosos. O carro-forte escolhido não levava nenhum dinheiro e todos os envolvidos acabaram presos.
Perseguição
Logo após o ataque, a Polícia Militar recebeu informações de que os bandidos teriam fugido em direção à cidade de Lucena. No caminho, atearam fogo em um veículo Volkswagem Touareg, utilizado na abordagem ao carro-forte. Do ponto onde esse carro foi deixado, o bando fugiu em uma picape Strada. Porém, quilômetros adiante, um dos pneus desse veículo estourou e os bandidos tomaram outra picape Strada por assalto, na qual conseguiram chegar à granja que servia de base para o bando.
Essas trocas de veículo colocaram a polícia na rota da quadrilha, porque a última picape usada pelos assaltantes era equipada com rastreador e o sinal do equipamento mostrou a localização exata de onde estavam. Os policiais do Bope chegaram ao esconderijo dos assaltantes, onde foram recebidos a bala. Após várias trocas de tiro, os policiais conseguiram cercar a casa, sem que os bandidos conseguissem fugir. Os quatro acusados ficaram encurralados dentro de casa.
Feridos
Os tiros disparados para forçar a parada do carro forte atingiram dois vigilantes, que foram socorridos pela ambulância do Resgate da Polícia Rodoviária Federal. No final da tarde, o Hospital de Trauma informou que um dos vigilantes, de 27 anos de idade, recebeu atendimento médico e estava em situação regular. O hospital não detalhou a gravidade do ferimento. O outro vigilante, de 25 anos de idade, foi atendido e recebeu alta médica, por volta das 15h.
Durante a troca de tiros com os bandidos, um militar identificado por Cabo Menezes, do Bope, foi ferido com um tiro de raspão na mão. Segundo o major Ferreira, por não ser um ferimento grave, o militar não precisou ser socorrido e continuou na operação para prender os assaltantes.
* Com Ainoã Geminiano, do Jornal CORREIO.