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Temer está ‘indignado e abalado’ com indiciamento pela PF, diz Marun

O presidente Michel Temer está “indignado e abalado” com o seu indiciamento no inquérito que apura o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A na edição do chamado Decreto dos Portos. A afirmação foi do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun: “O presidente ficou muito indignado e abalado. Esta é a realidade”.

Após solenidade ocorrida na tarde desta quarta-feira (17) no Palácio do Planalto, os jornalistas pediram uma palavra do presidente, mas ele não parou para responder perguntas. Disse apenas que se pronunciaria nesta quinta-feira (18), sem dar mais detalhes.

Temer e mais dez pessoas, incluindo sua filha Maristela, foram indiciados pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Marun criticou o indiciamento do presidente em um processo que, segundo ele, não apresenta provas.

O ministro disse ainda que indiciar parentes é uma “prática nefasta”. “Mesmo que alguma das circunstâncias fosse fato, e não é, mesmo assim não haveria atitude criminosa da filha do presidente. Essa é uma prática nefasta que infelizmente está se tornando uma constante aqui no Brasil”. Para o ministro, indicia-se parentes para “abalar o ânimo de quem se quer atingir”.

Os indiciamentos estão no relatório final da investigação da Polícia Federal entregue nessa terça-feira (16) ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso. Após receber o documento, Barroso pediu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que terá 15 dias para se manifestar sobre eventual denúncia contra os acusados.

Decreto dos Portos

O inquérito, que ainda não teve denúncia apresentada, investiga o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A, concessionária do Porto de Santos (SP), por meio de um decreto assinado por Temer em maio do ano passado.

O presidente nega todas as acusações. No início do ano, ao responder por escrito a questionamentos dos delegados responsáveis pelo caso, a defesa de Temer declarou que ele nunca foi procurado por empresários do setor portuário para tratar da edição do decreto.

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