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Tião Gomes racha e vai ser candidato com apoio da oposição

O deputado estadual Tião Gomes (Avante) confirmou na manhã desta sexta-feira (1º) que será candidato a presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba para o segundo biênio (2021-2022). A decisão contraria o governo do Estado, que tem como candidato o deputado estadual Hervázio Bezerra (PSB). E na noite dessa quinta-feira (31), em uma reunião, Tião recebeu apoio da bancada de oposição.  Em entrevista, ele disparou contra o governo.

“Eu sempre disse que era candidato, alguns não querem. Agora nas linhas escritas eles podem impor e mandar, mas nos meus pensamentos quem manda sou eu e Deus. Sou candidato, vamos disputar uma eleição tranquila, sem briga, sem confusão. Agora eu tenho o direito de ser candidato. Eu não posso ser proibido de um direito que a constituição me dá. E se vocês perceberem durante estes quatro meses, eu não briguei com ninguém, não joguei pedras em ninguém, acho que o parlamento tem que ser construído por pessoas que advogam para o povo, não podemos ser submissos a ninguém, a não ser a lei”, disparou.

Perguntado se permanece na base do governo, o deputado disse que esta decisão não depende dele. Ele ainda acusou o secretário de planejamento, Waldson Souza, de pressionar um de seus assessores.

“Não depende de mim (ficar na base). O que eu fiz para sair da base? Não fiz nada, apenas requeri um direito meu de ser candidato. Eu não mandei assessor entregar cargo. O secretario Waldson ligou para o meu assessor dizendo que ou eu votava no governo ou ele saia, aí eu mandei ele sair, pedi para ele sair. Isto é historia que vamos contar depois”, disse.

‘Nasci no lugar errado’

Em determinado da entrevista, Tião Gomes disse que conseguiu mobilizar toda a estrutura do governo contra ele e chegou a se denominar terrorista.

“Vamos trabalhar para ganhar. Uma coisa eu consegui já, mobilizei todo governo, toda estrutura política da Paraíba contra Tião, agora eles não sabem que eu nasci errado. Eu sou terrorista mesmo, eu sou guerreiro, eu nasci errado, nasci em Pombal. Eu devia ter nascido no Líbano, ninguém pense que manda no meu pensamento, nas minhas palavras”, afirmou.

Por fim, quando perguntado se quebraria novamente a urna, ele disse que se tivesse, iria quebrar sim. Em 2015, também na eleição para presidente da Assembleia, o parlamentar quebrou a urna e causou confusão no plenário.

Contrário

O deputado Ricardo Barbosa (PSB), escolhido para ser 1º secretário no 2º biênio, disse respeitar a decisão de Tião, mas lamentou a postura do colega por ter entrado na disputa, embora considere a decisão legítima.

“Eu quero dizer que lamento a disputa interna. Respeito, é legitima a postulação de Tião, tem com experiência, maior número de mandatos na Casa, mas não compreendeu que o governo tinha uma escolha, a base tinha uma escolha para o 2º biênio. Esse colegiado, com anuência do governo, resolveu optar por essa bancada”, falou.

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