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Turma da Mônica, Annabelle 3 e Pets chegam aos cinemas

Não é a primeira vez da Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali no cinema, longe disso. Quatro longas-metragens animados, desde 1982, já mostraram as aventuras dos personagens de Mauricio de Sousa. Mas é a primeira vez em que eles são interpretados por atores em carne e osso. Turma da Mônica — Laços chega aos cinemas nesta quinta-feira (27), partindo da história escrita e desenhada pelo irmãos Vítor e Lu Cafaggi e dirigida por Daniel Rezende, de Bingo, o Rei das Manhãs.

A história é o segundo álbum da série Graphic MSP, em que autores dos quadrinhos nacionais reinventam personagens variados de Mauricio e que já vai no 23º volume. Mas o primeiro filme da turma com atores não pode ser apenas a adaptação de uma versão dos personagens: ele tem a responsabilidade de responder também à turma original dos gibis.
“Isso foi super uma questão”, conta Daniel Rezende ao CORREIO.

“A graphic novel já começava a responder um pouco a pergunta que delineou essa adaptação, que é: ‘Como seria essa turminha se ela existisse de verdade?’ Foi o nosso fio condutor. Mas como era a primeira adaptação live action, a gente mirou na turma da Mônica clássica, que está no universo de 200 milhões de brasileiros. A gente queria manter o lúdico e o colorido, mas que tivesse um pé na realidade”.

O filme assume a postura de apresentar os personagens para a nova plataforma. “A gente não podia tratar como se fosse mais uma história. É a primeira história”.

O “pé na realidade” implicou em algumas mudanças e as mais visíveis estão no visual dos personagens — mais precisamente nos cabelos e Cebolinha e Cascão. “Se a gente está respondendo à pergunta ‘Como seria se eles existissem de verdade?’, o Cebolinha não teria cinco fios de cabelo. O Cascão não seria uma criança que nunca tomou banho: ele é uma criança que morre de medo de água. A Magali não come 20 melancias. A Mônica não levanta um carro”, explica o diretor. “A gente fez testes de caracterização. Fez teste com o Cebolinha com cinco fios de cabelo — e ficou muito esquisito. O filme transcende isso, as pessoas estão vendo os personagens lá”.

Mauricio de Sousa foi o termômetro. “Se o olho dele estivesse brilhando, a gente devia estar no caminho certo. O olho dele brilhou na escolha do elenco, na adaptação das caracterizações, não só dos personagens, como do universo. E ele aprovou tudo”, diz Rezende.

O filme acrescenta mais elementos do universo clássico da Turma da Mônica, em relação à HQ Laços. Incluindo mais personagens e, entre eles, o Louco, interpretado por Rodrigo Santoro. E como um personagem que subverte a realidade nos quadrinhos foi levado a um filme “com o pé na realidade”?

O personagem é o favorito de Rezende. “O Louco foi uma das primeiras sugestões que eu fiz. Ele subverte a realidade, subverte a lógica. Ele vem pra dizer que existem outras maneiras de ver as coisas. Vem pra te clarear, mas te confundindo”, conta. “E a gente achava que, mesmo dentro desse realismo do filme, ele cabia num momento de devaneio em que a gente nunca sabe se o Cebolinha estava sonhando, se era realidade ou não”.

Santoro também tem o Louco como personagem preferido. “Mas ele tinha muito medo de que as pessoas vissem ‘o Rodrigo Santoro fazendo o Louco’. Ele queria sumir por trás do personagem”.

Indiretamente, o filme segue a tradição de aventuras dos anos 1980 com grupos de crianças e garotos, como Os Goonies (1985) e Conta Comigo (1986), inspirações claras para os irmãos Cafaggi na HQ original.

“Esses filmes marcaram a minha geração.E é nítida a inspiração para o Vítor e a Lu Cafaggi. Não tem como elementos desses filmes não fazerem parte do nosso filme”, afirma Rezende. “De alguma forma, esses filmes estão ali porque estão na nossa bagagem e na matéria-prima da Laços. Mas para fazer o filme, a gente não voltou muito a esses filmes para usar como referência. Quando eu precisava de referência, eu ia para os quadrinhos, para os gibis do Mauricio”.

Outras estreias

As estreias do cinema desta semana se centram, basicamente, em sequências. O terceiro capítulo da saga da boneca possuída Annabelle e a sequência de Pets – A Vida Secreta dos Bichos chegam nesta quinta-feira às salas de exibição paraibanas.

Annabelle 3 – De Volta Para Casa

Em Annabelle 3 — De Volta Para Casa (em JP, CG, Patos e Guarabira) o casal de investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren mantêm a boneca Annabelle trancada em uma sala de artefatos em sua casa. Mas, ela desperta e traz consigo uma legião de espíritos malignos. O novo alvo da boneca satânica é a filha dos Warren e suas amigas.

Pets – A Vida Secreta dos Bichos

Já Pets (em João Pessoa, CG, Patos e Guarabira) aposta na relação entre pais, filhos e bichinhos de estimação. A vida de Max e Duke muda bastante quando sua dona tem um filho. De início eles não gostam nem um pouco disso, mas, aos poucos, a criança os conquista.

Quando a família decide viajar para o interior, os cachorros enfrentam uma realidade completamente diferente com a qual estão acostumados.

*Por Renato Félix e André Luiz Maia, do jornal CORREIO

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