A Ucrânia atacou a principal base de bombardeiros nucleares da Rússia na madrugada desta quarta (8) com drones, iniciando um incêndio no depósito de combustível que serve a instalação militar.
O Ministério da Defesa russo apenas confirmou ter havido a ação com os aviões-robôs, sem comentar os inúmeros vídeos em redes sociais mostrando grandes explosões e o fogo. O governo local confirmou haver “incêndio em instalações industriais”, sem nomeá-las.
Segundo blogueiros militares russos, a base em si não registrou danos. A Força Aérea da Ucrânia disse que o ataque “cria sérios problemas para a aviação estratégica dos ocupantes russos e vai reduzir significativamente sua habilidade de atacar cidades pacíficas e civis”.
O local, chamado de Engels-2, fica a cerca de 800 km a leste das fronteiras ucranianas. De lá partem aviões que empregam mísseis de cruzeiro contra o vizinho invadido em 2022, que geralmente se posicionam sobre o mar Cáspio para fazer os ataques.
Usualmente, são modelos quadrimotores turboélice Tu-95MS, operados também de outros pontos da Rússia, mas já houve operações com os mais poderosos Tu-160, o maior bombardeiro estratégico supersônico do mundo. Todos os 13 aviões do tipo que a Rússia tem ficam em Engels-2.
Usados para ataques convencionais nesta guerra, eles são o esteio da força estratégica russa, composta também por submarinos e mísseis intercontinentais lançados do solo. Em Engels-2 há um depósito subterrâneo com ogivas nucleares.
Os 69 Tu-95MS que a Rússia opera, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (Londres), ficam em várias bases, mas aqueles com capacidade de lançar mísseis de cruzeiro com ogivas atômicas operam de Engels-2 na porção europeia do país e de Ukrainka, na parte asiática.
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