A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) já formou 8.041 mestres e doutores nos últimos seis anos. Nesse mesmo intervalo de tempo, o número de titulados aumentou 25%, ao passar de 897, em 2012, para 1.120 em 2018.
Apesar disto, medidas adotadas pela Capes desde março deste ano podem comprometer esta expansão, como congelamento e suspensão de remanejamentos internos de bolsas e adiamento de fomento para a pós-graduação do país para o ano que vem.
Somente em maio, das 1.211 bolsas dos pós-graduandos da UFPB, 290 foram cortadas, sendo 185 de mestrado e 105 de doutorado. Ou seja, praticamente 24% das bolsas para a pós-graduação foram perdidas.
No mesmo período citado acima, houve crescimento de 38% na quantidade de matriculados nos 78 Programas de Pós-graduação, ao subir de 3.433 para 4.750. Desses, 140 eram alunos estrangeiros. Hoje, há 5.176 alunos matriculados.
Além de vagas em 60 mestrados acadêmicos, 13 mestrados profissionais e 38 doutorados, somente em 2018, a UFPB ofertou seis cursos de especialização para 500 estudantes.
Nos últimos seis anos, o número de mestrados acadêmicos e profissionais teve alta de 47%, ao subir de 49 para 72. Já o de doutorado subiu 41%, ao passar de 27 para 38.
Do mesmo modo, o número de cursos com conceito igual ou maior do que 4, de acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), evoluiu 114%, de 36 para 77.
Segundo a coordenadora geral de acompanhamento e avaliação dos Programas de Pós-graduação da UFPB, Márcia Fonseca, os principais desafios, neste momento, são atender as metas do Plano Nacional de Pós-graduação 2011-2020 e do Plano Nacional de Educação 2014-2024.
“É preciso também avançar no processo de internacionalização, com a ampliação de convênios internacionais, do número de doutorados em cotutela e atualização dos currículos acadêmicos, com o intuito de incorporar os avanços científicos e tecnológicos.”
Ampliar o número de cursos considerados de excelência (notas 6 e 7), a produção docente qualificada (artigos qualis A1, A2 e B1 do webqualis), além de publicação em periódicos internacionais com elevado fator de impacto também são as prioridades hoje.
“Desejamos ampliar o processo de acompanhamento dos egressos, para verificar o impacto sócio-econômico da pós-graduação, fazer auto-avaliação dos cursos e sobreviver a mudanças em um contexto de crise política e falta de recursos financeiro.”
Confira, abaixo, as principais ações e destaques da UFPB na pós-graduação e pesquisa:
Dos 78 Programas de Pós-graduação da UFPB, os de Linguística e o de Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos se destacam, porque possuem conceito 6,0 da Capes. O máximo, segundo a fundação vinculada ao Ministério da Educação, é 7,0.
A UFPB é uma das 36 instituições do país a ser contemplada pelo Programa Institucional de Internacionalização (Capes/Print), a fim de receber incentivos para incrementar a produção acadêmica e científica dos seus programas de pós-graduação.
Participam 39 Programas de Pós-graduação em três grupos de trabalho: “Intervenções, tecnologias, produtos e processos aplicados à saúde”, “Bioma Caatinga, Biodiversidade e Sustentabilidade” e “Territórios da diversidade: educação, mediações culturais e políticas públicas”.
A UFPB premiará, no final deste ano, inovações tecnológicas produzidas por pesquisadores da casa. No ano passado, foram 78, entre 66 patentes, 11 programas de computador e um desenho industrial, desenvolvidas no ano anterior.
Premiará as melhores teses defendidas e aprovadas no último ano, no âmbito dos cursos de doutorado dos Programas de Pós-graduação da instituição. Em 2018, seis trabalhos foram laureados.
O III Encontro Institucional de Pós-graduação (ENIP), junto ao do Encontro Unificado de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPB, também deverá ocorrer até o final de 2019. No ano passado, foi dedicado ao tema “Internacionalização da Pós-Graduação da UFPB.