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Vereadores cobram solução para interdição do IPC

Vereadores da bancada de situação na Câmara Municipal de João Pessoa cobraram, nesta terça-feira (13), uma solução para a interdição do Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC), no bairro do Cristo, em João Pessoa. Para Bosquinho (PSC) e Luís Flávio (PSDB), o governo do estado precisa solucionar este problema.

“Nós tivemos ontem [segunda] a infelicidade, por exemplo, de receber a notícia de uma filha de uma colega nossa, médica, que morreu por enforcamento, e que teve que ir pra Campina Grande. Então vocês imaginem que a capital do estado da Paraíba está passando por uma situação deste tipo, por falta de planejamento. O senhor governador disse que teve que fazer uma opção de fazer investimentos nos outros DMLs do nosso estado, mas esqueceu talvez do principal, que é o da nossa capital. Então fica mais uma vez o apelo, tenho certeza que muitos parlamentares já fizeram a divulgação, a reclamação deste tema. Por exemplo, o deputado João Gonçalves pediu que o MPT pudesse relaxar algumas exigências para que pudesse funcionar até que se encontre uma solução definitiva”, disse Luis Flávio.

Já para Bosquinho, o problema não deve ser tratado como uma questão política e sim administrativa, já que quem estaria sofrendo as consequências seria a população.

“Mais de 24 horas depois, as pessoas estão esperando para ter esta despedida com dignidade. É um assunto de extrema importância, e nos não pudemos neste instante levar para a condição política, é uma questão administrativa, de um governo que vive dizendo que trabalha e que em uma entrevista falou em prioridade. Ou seja, a despedida daqueles entes queridos de todos os pessoenses e da Região Metropolitana fica para segundo plano, não é prioridade para este governo que ai está. Então é importante que nós possamos neste instante ter a nitidez de que quem paga esta conta é a população carente”, disse.

Por outro lado, o vereador Humberto Pontes (Avante), que já foi diretor do IPC antes de ingressar à Câmara, rebateu as acusações e defendeu as ações feitas por Ricardo Coutinho na área de medicina legal.

“Dizer que quando o governador Ricardo Coutinho assumiu o governo do estado e eu assumia a direção geral do IPC nós encontramos o núcleo de criminalística de Patos fechado, sem atendimento. Encontramos o IML de Campina Grande interditado pela defesa civil sem condições de uso e aí funcionava em cinco, seis casas, locadas sem condições de atendimento. Encontramos Guarabira da mesma forma. Em total abandono, e aí vem se falar que o governo Ricardo Coutinho nada fez. Temos que lembrar, reabrimos a unidade de medicina legal de Patos com reforma e ampliação e botamos para funcionar, ampliamos e reformamos a unidade do IPC de Guarabira que estava abandonada”, disse.

Ele também questionou a interdição feita pelo Ministério Público do Trabalho, que, segundo ele, teria sido realizada sem a conclusão do relatório.

“Neste governo, nós sim pegamos o Instituto de Polícia Científica de João Pessoa, que nunca na sua historia teve uma reforma, e quantos governadores passaram por este tempo? Quantos secretários? E sim, no governo Ricardo Coutinho, fizemos sim uma mini-reforma na medicina legal de João Pessoa. Mas precisa sim ser construído uma nova unidade, porque o prédio realmente não tem condições, porque nós crescemos. Mas temos que estranhar também uma inspeção feita numa sexta-feira, e na terça-feira seguinte, sem nem que o relatório conclusivo estivesse pronto, fosse interditado em menos de 24 horas úteis. Interditaram o IPC numa terça, dando 24 horas”, questionou.

O IPC foi interditado no dia 6 de março, após uma fiscalização do Ministério Público do Trabalho (MPT-PB) constatar precariedades no funcionamento do local. O prédio foi fechado e parte dos serviços foi distribuída para núcleos do interior da Paraíba e para a Acadepol, em João Pessoa. A emissão de RGs continua indefinida.

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