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Zumbido no ouvido: entenda causas e saiba como tratar

Conteúdo patrocinado. Muitas vezes, ouvimos sons sem que eles estejam presentes no ambiente: o famoso zumbido tem origem no ouvido e pode apresentar barulhos semelhantes aos do mar, sinos, insetos, chiados, apitos ou pulsações, por exemplo. Estudos apontam que esse problema atinge 63,3% das pessoas com mais de 40 anos idade. Nesse cenário, idosos e gente com perda auditiva são as que mais relatam sintomas. Mas como ele é desencadeado?

Entre outras razões, o problema pode ocorrer por: danos ou degenerações na orelha interna e no nervo vestibulococlear (nervo acústico), deteriorando as células ciliadas da cóclea (estrutura localizada no ouvido interno responsável pela audição); doenças metabólicas, como diabetes; exposição continuada de ruído ocupacional; doenças isoladas, como as otológicas, neurológicas, psiquiátricas, além de alterações dentárias e cardiovasculares; e até a ingestão de drogas, cafeína, nicotina e álcool.

Segundo a Profa. Ma. Simone Lins, de Fonoaudiologia do Unipê, o zumbido não chega a causar surdez, mas sim outros fatores – um exemplo é a perda progressiva da audição com ruídos ocupacionais. “É a continuidade da ‘destruição’ das células ciliadas dentro da cóclea. Isso pode afetar danosamente a audição, a acuidade auditiva do indivíduo”, explana.

Alguns dos prejuízos dos zumbidos são falhas no raciocínio, déficits de memória e de concentração. As alterações podem impactar as atividades de lazer, o repouso e a comunicação, além de provocar irritação, ansiedade, depressão e até insônia. “Esses fatores levam a uma interferência na qualidade de vida do indivíduo”, diz Simone. Assim, ela frisa: é essencial que toda pessoa realize exames preventivos ao menos uma vez por ano para avaliar e acompanhar a saúde auditiva.

Para fazê-los, a pessoa deve se consultar com um médico otorrinolaringologista, que avaliará o conduto auditivo externo e verificará a integridade da membrana do tímpano no exame chamado meatoscopia. Após isso, o médico a encaminhará ao fonoaudiólogo, que fará exames auditivos básicos, como a audiometria tonal, a imitanciometria e o de emissões otoacústicas.

Caso haja alguma alteração, “o médico otorrinolaringologista a encaminhará para exames eletrofisiológicos, como o PEATE (Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico). E se o paciente sentir tontura, a Vectoeletronistagmografia, que são exames realizados pelo profissional de fonoaudiologia.”

O zumbido não possui uma terapia para sua cura total, mas há estratégias criadas por pesquisadores que minimizam sua geração. Há tratamento medicamentoso indicado por médicos, como a ingestão desde vitaminas até antidepressivos. Como terapia alternativa, há a acupuntura. Além desses, há o uso de próteses auditivas (emitem um ruído para mascarar e atenuar o zumbido), atendimentos em grupo e a laserterapia. A estimulação elétrica é outra possibilidade: um eletrodo colocado cirurgicamente no interior da cóclea tenta minimizar o problema. “Esses são os tratamentos utilizados pelo indivíduo que tem o zumbido”, conclui Simone.

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