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Maranhão promete investimentos e saneamento em toda a Paraíba

O candidato ao Governo da Paraíba pelo MDB, José Maranhão, foi o terceiro a participar da sabatina com todos os candidatos ao Governo do Estado que ocorre durante esta semana no programa Correio Debate, da Rede Correio Sat. Como destaque da entrevista desta quarta-feira (19), Maranhão prometeu examinar todos os gastos do Estado e investir em saneamento básico para toda a Paraíba.

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Recursos hídricos – “Temos que resolver o problema de esgotamento na Paraíba. Não é justo, civilizado e razoável que nem a capital do Estado tenha esgotamento sanitário. Não podemos conviver com isso. Todo mundo sabe a relação entre esgotamento e saúde. Gastasse cinco vezes mais com saúde do que com esgotamento. Tendo esgotamento você economiza cinco vezes em saúde. Vamos fazer o esgotamento sanitário da Paraíba através da parcerias público privadas, que ocorrerá apenas na execução da obra. No restante (administração do serviço) a Cagepa comanda”.

Denúncia do programa Empreender – “O programa não é o defeito. O defeito está no estilo do gestor. Um gestor que se preza não poderia aumentar dessa forma drástica a aplicação de recursos do programa em o período eleitoral (o TCE denunciou aumento de 744% de despesas no programa este ano). Difícil acreditar que isso foi coincidência. É um caso para ser apurado. Naturalmente ele (o governador Ricardo Coutinho) ficará zangado e virá com os desaforos que já conhecemos”.

“O projeto Empreender tem que acontecer com transparência, lisura e seriedade. O programa não pode ser usado para promoção de candidatura”.

PEC 95 que limita gastos públicos – “Não tem nenhuma novidade nessa lei. Ela é a Lei de Responsabilidade Fiscal que apenas detalhou para evitar os gastos irresponsáveis e obter mais responsabilidade do gestor público, que não deve gastar mais do que pode. Agora, qualquer gasto tem que ser autorizado para evitar o que já houve. O Brasil precisa ter essa lei, se não o dinheiro público vai sair pelo ralo. O Brasil está cheio de obras inacabadas. No período da Copa muitos administradores estouraram o dinheiro público na construção de estádios ao invés de priorizar a saúde pública e educação. Não tenho constrangimento em dizer que aprovei porque a essência dessa lei já está na Lei de Responsabilidade Fiscal”.

Governador contestou contas de 2010 do governo do Estado – “Esse passado que o governador fala foram desmentidas e desautorizadas por ele mesmo. Quando ele assinou o balanço das contas públicas da minha gestão ele aprovou todas elas e aprovou porque não tinha como condená-las”.

PB1 e Segurança – “O que ocorreu no presídio PB1 não tem precedência na Paraíba. O assassinato de um bombeiro dentro do próprio quartel também. Coisas dessa natureza não aconteceram no meu governo. Vamos adotar a inteligência na polícia, ela será mais moderna. O governo diz que fugiram menos de 100 detentos do PB1. Tem informações circulando que foram mais de 200”.

“Dizer que a Paraíba é uma Suíça não se pode. O morador não pode ir a uma padaria, ir ao vizinho (por conta da insegurança). É um estado de pré-guerra. Primeiro, temos que corrigir o que está errado. Só se faz segurança pública com polícia, não se pode fazer sem efetivo. A polícia não pode fazer mágica se está em numero insuficiente. A polícia tem um efetivo menor do que há dez anos”.

“Temos que investir e aumentar o efetivo. Tão logo assuma, convocarei os aprovados do concurso, que foram aprovados, mas não nomeados. Depois de uma denúncia minha o governo convocou 600 policiais. A população está assustada, absolutamente assustada. A solução é corrigir as causas e não apenas os efeitos”.

Saúde – “Devemos ter no Trauma de João Pessoa serviços adequados e que correspondam a uma saúde hospitalar adequada. A Cruz Vermelha (empresa que administra o Trauma) cobra R$ 13 milhões por um serviço de R$ 3,5 milhões por mês. Justificam que o hospital não prestava, mas a população não diz que o serviço de hoje é ideal. O serviço do Trauma está aquém daquilo que a população queria que fosse. Não adianta dizer que tudo está uma beleza porque não está. Como de repente um serviço que custava R$ 3,5 milhões vai custar R$ 13 milhões? Não vou rescindir o contrato com a Cruz Vermelha, mas iremos fazer uma auditoria e procurar a empresa para estabelecer um contrato viável para o Estado”.

Funcionalismo público – “Quem quiser governar um estado, pobre ou rico, pequeno ou grande, precisa ter uma relação respeitosa com os servidores. Os agentes executivos das políticas publicas são os servidores. Como posso querer um governo dinâmico e realizador se não estou em paz com aqueles que são executores reais dessas políticas? Terei com os servidores uma relação civilizadas e respeitosa. Uma relação de parceiros. Eles são parceiros insubstituíveis em qualquer administração democrática.

“Vamos voltar a potencializar os órgãos que são extensão dos direitos dos servidores, como o Ipep, que foi reduzido a quase nada. Deixamos o Ipep com instrumentos de serviços efetivos aos servidores, como odontologia, exames de imagem e tudo isso foi desativado. O Hospital Edson Ramalho tem uma reclamação muito grande na qualidade dos serviços”.

“Vamos adotar uma política de capacitação dos servidores colocando a escola dos Servidores Públicos, que já existe, como instrumento de qualificação e ter uma política de salários que realmente remunere os servidores públicos. Na Paraíba, os servidores públicos são desconsiderados na parte salarial”.

“Vamos restabelecer a paridade salarial dos servidores. Já fiz isso no último governo que assumi. Não existe nada mais desumano do que um cidadão que foi servidor durante toda a vida e que quando chega a aposentadoria passa a viver com quase 50% menos do que ganhava na ativa, tendo que mesmo aposentado arranjar um serviço alternativo”.

Educação – “Todos reclamam da terceirização. O estado da Paraíba tem um quadro de servidores capazes. Não sei o porquê de se falar em terceirização em serviços fundamentais como a educação. Vou manter o que estiver funcionando bem e modificar o que estiver errado, equivocado”.

Fiscalização da gestão – “O maior instrumento para fiscalizar a gestão publica é a transparência. Essa regra não pode ter exceção. A transparência é um princípio absoluto e esse foi o segredo da minha gestão: atravessar todo esse tempo de gestão pública sem ter nenhum envolvimento em corrupção”.

Programas sociais – “O restabelecimento do programa de pão é leite será feito no meu governo, já que lamentavelmente ele foi descontinuado. O período mais importante do desenvolvimento humano é na infância. Nem todas as famílias pobres têm condições de adquirir leite. Com essa visão, criamos o programa do pão e leite e desenvolvemos a caprino onivocultura. Importamos matrizes de rebanhos dos Estados Unidos para fazer o cruzamento com os animais daqui e os resultados foram espetaculares. Tínhamos programas de pasteurização do leite, de ração. Convênios para distribuição com a Diocese. Iremos voltar com todos”.

 

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