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A importância do inglês como diferencial no mercado

A importância de dominar o inglês para melhores oportunidades na atualidade não é grande novidade, mas periodicamente vemos novos dados que ilustram o fato por meio de pesquisas relacionadas à importância para uma melhor colocação no mercado de trabalho. A análise é do sênior do Cambridge Assessment English, Alberto Costa, que estará em João Pessoa neste sábado (5) participando do 5º Encontro Paraibano de Professores de Inglês (EPPI).

“Diante das evidências, uma grande parcela de pais passou a desejar que seus filhos tenham acesso a um ensino de qualidade, com a possibilidade de vivência em idiomas estrangeiros desde cedo, tornando seu domínio algo natural e cotidiano, assim como uma grande parcela de jovens adultos despertou para o desejo de combinar o Ensino Superior com o desenvolvimento da proficiência com o objetivo de se tornar um cidadão global”, explicou. 

Com dados numéricos, Alberto explicou que, por exemplo, em cerca de dez anos, as escolas bilíngues (ou que oferecem programas bilíngues) tiveram uma rápida conquista de espaço.

“Dados da Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (Abebi) mostram que entre 3% e 4% das escolas privadas já entraram nesse formato, o que representa um universo entre 270 mil e 360 estudantes matriculados hoje em instituições com programas bilíngues. Apesar de o número parecer baixo, é preciso levar em consideração o universo de educação como um todo. Ainda de acordo com a Abebi, considerando os últimos cinco anos, o mercado de escola particulares formais cresceu 2% ao ano, em média, no Brasil. Já a fatia das bilíngues se expandiu a índices entre 6% e 10%”. 

Na Educação Superior, ainda segundo o sênior da Cambridge Assessment English, esse movimento de internacionalização no Brasil é ainda mais recente e não conta com dados tão apurados em torno do seu desenvolvimento. 

“Ou seja, não necessariamente estamos falando em deficiência, mas sim sobre um modelo de educação que até pouco tempo acontecia de maneira muito tímida e que, apesar de novo no contexto brasileiro, começa a evoluir com mais velocidade atualmente. A discussão vem crescendo cada vez mais entre pais, educadores, gestores e alunos e para que o País alcance esse cenário de proficiência na língua estrangeira são necessários dois passos iniciais: o diagnóstico do conhecimento dos estudantes e dos professores e o desenvolvimento das habilidades dos docentes não apenas de nível linguístico, como também em termos de metodologia”.

É dessa forma que Alberto diz que será possível instituir objetivos a serem atingidos de uma forma mais massiva, redesenhar os currículos ou adotar programas mais efetivos no idioma, ensinar com qualidade a disciplina e medir de forma cíclica e constante os avanços para implementar melhorias. 

Inglês fluente no mercado de trabalho

Diante de tantas deficiências que o país enfrenta na educação, o Portal Correio questionou Alberto se a exigência do inglês fluente no mercado de trabalho é justa ou deveria ser mais flexível.

“A necessidade do inglês para o mercado de trabalho não é algo específico do Brasil, mas sim algo que o nosso contexto social exige. Nós sabemos que o país despertou mais tardiamente para essa questão do ensino de idiomas, mas nós estamos avançando para melhorias nesse sentido. Pela primeira vez, por exemplo, a Base Nacional Comum Curricular colocou o inglês como obrigatório a partir do Fundamental II. E a tendência é que ano a ano tanto a esfera pública quanto a privada busquem soluções para melhorar esse ensino, seja por meio de parcerias, de programas ou de sistemas de educação, por exemplo”, declarou. 

Quando buscar falar uma nova língua?

Ainda de acordo com Alberto Costa, não existe idade certa para começar aprender inglês, que assinala a primeira infância como umas das melhores fases para que a criança comece a aprender um novo idioma, já que, nessa época da vida, as crianças são como “esponjas”: absorvem de uma maneira bastante natural tudo o que lhes é passado.

“O aprendizado de um segundo idioma começa a partir do momento em que ela entra em contato com ele pela primeira vez e quanto mais cedo, mais esse processo tende a ser assertivo porque há tempo para cada etapa. Isso porque ele acontecerá da mesma maneira que com a língua materna: primeiro as crianças entram em contato e trabalham a associação de palavras com atos; depois iniciam a interpretação e a resposta corporal; posteriormente passam a falar palavras soltas dentro de determinados contextos; para enfim formar frases e seguir para a linguagem escrita. Além disso, em função do seu desenvolvimento cognitivo, quanto mais o cérebro recebe atividade, se exercitando, mais ele se desenvolve e isso contribui também para outras habilidades”, explicou. 

Crianças bilíngues

“Crianças bilíngues adiantam a consciência metalinguística, os pensamentos de cálculo e lógica, e têm também mais facilidade de se concentrar. Elas tendem a focar mais rápido e desempenhar melhor algumas tarefas. Outro ganho está na oralidade. É uma tendência que elas alcancem mais rápido a pronúncia perfeita, pois o aparelho fonador nessa fase consegue reproduzir os mais diversos sons com mais facilidade do que na fase adulta, por exemplo”, diz Alberto Costa.

Adolescentes e adultos

“Já para adolescentes e adultos que não tiveram a possibilidade de contato com o inglês desde a infância, o conselho ainda é o mesmo. Qualquer hora é hora de começar a aprender um novo idioma e a melhor dica é não esperar que apareçam oportunidades que exijam o domínio da língua para, então, buscar o preparo. Tomar a iniciativa assim que possível em termos de disponibilidade de recurso (seja dinheiro ou tempo, por exemplo) é o melhor a se fazer para estar preparado para as exigências do mundo globalizado”, afirma Alberto Costa.

Professores 

“O preparo de professores também é um processo que vem avançando cada vez mais no país, mesmo que esse movimento ainda seja tímido. O bilinguismo na educação básica ou a internacionalização do Ensino Superior e a capacitação de docentes são duas coisas que andam ligadas, um não funciona sem o outro. Ter professores preparados e capacitados para lecionar inglês é um dos pontos primordiais para se alcançar a eficiência no processo de ensino da língua estrangeira e atingir a proficiência dos alunos. Isso porque, professores melhor preparados, qualificados e ambientados com o inglês tendem a trabalhar o aprofundamento necessário para que os alunos tenham uma base sólida do conhecimento, que irá amparar seu uso por toda a vida”, diz Alberto Costa.

5º Encontro Paraibano de Professores de Inglês (EPPI)

O 5º Encontro Paraibano de Professores de Inglês (EPPI), evento anual que propicia aos profissionais que lecionam a disciplina em diferentes níveis e contextos um momento de reflexão e troca de experiências e boas práticas para o ensino, seja ele básico, superior ou em institutos de idiomas, será sediado no dia 5 de outubro na Estação das Artes (anexo da Estação Cabo Branco), em João Pessoa. A participação é gratuita e voltada para quem atua com a língua inglesa na esfera pública ou privada. Inscreva-se aqui.

A programação inclui ao longo de todo o dia uma série de workshops e momentos de integração entre os participantes e a plenária de abertura será conduzida por Alberto Costa, Senior Assessment Manager de Cambridge Assessment English, departamento sem fins lucrativos da Universidade de Cambridge voltado para avaliação de proficiência em inglês e preparo de professores, que é um dos apoiadores da iniciativa.

Ele abordará os aspectos multifacetados do desenvolvimento profissional contínuo e o desafio de fazer escolhas em um campo que lida com influência direta das tendências contemporâneas, o que resulta na mudança de currículo, abordagens, tecnologia e necessidade dos alunos.

“Diante da disponibilidade massiva que nós temos de recursos e opções de aprendizado profissional, a ideia é contribuir por meio da nossa experiência com orientações baseadas em evidências sobre como os profissionais podem priorizar áreas e competências para desenvolver ainda mais suas habilidades nesse novo mundo”, detalha Costa.

O evento é um espaço único de colaboração entre todos que atuam em diferentes contextos e abordará nos workshops temas mais práticos, por exemplo como trabalhar com vídeos nas aulas de inglês e o que professores e alunos precisam saber sobre a gramática das palavras, e também assuntos mais profundos e contemporâneos, a exemplo de como ensinar inglês por meio de uma perspectiva transcultural.

Já na quinta edição, o encontro nasceu em 2014 como uma ação organizada pela então coordenação do Programa Inglês sem Fronteiras (ISF) na Universidade Federal da Paraíba. Em 2015, ele contou com o programa de extensão Espaços para a Formação do Professor de Língua Inglesa na organização e já começou a ter o apoio de instituições de fora. Desde então o EPPI passou a envolver uma comunidade maior e a expectativa é que em 2019 cerca de 250 professores se reúnam.

Na Paraíba, uma boa opção para aprender inglês é KNN Idiomas que possui um método exclusivo, feito especialmente para quem fala português, com aulas que trabalham a conversação desde o primeiro dia e são totalmente focadas nos interesses dos alunos. Para mais informações, ligue 99311-4858 ou acesse knnidiomas.com.br.

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