O comunicador paraibano, Fabiano Gomes, emitiu nota no início da tarde desta quinta-feira (19), falando sobre a segunda fase da Operação Xeque-Mate, em que é investigado por suposto envolvimento em um esquema de corrupção no município de Cabedelo.
Na nota, Fabiano Gomes afirma que está colaborando com a investigação, no sentido de prestar todas as informações necessárias, e ainda se coloca à disposição dos órgãos competentes.
A nota foi divulgada em função da deflagração da 2ª fase da ‘Operação Xeque-mate”, onde o comunicado é um dos investigados. Nessa nova fase, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa e na sede da empresa de comunicação de Fabiano.
Confira a nota:
Eu, Fabiano Gomes da Silva, venho, perante à imprensa e toda a sociedade paraibana, manifestar-me quanto aos acontecimentos das últimas horas, e esclarecer que estou colaborando e prestando todas as informações necessárias para a elucidação dos fatos; permanecendo, como sempre estive, à inteira disposição dos órgãos competentes.
Operação Xeque-Mate
A primeira fase da Operação Xeque-Mate aconteceu no dia 3 de abril, após a Justiça decretar o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos. O prefeito, Leto Viana; o presidente da Câmara Municipal, Lúcio José; e os vereadores Jacqueline Monteiro (esposa de Leto), Tércio Dornelas, Júnior Datele e Antônio do Vale foram presos. Apesar de não ter sido detido, o vice de Leto Viana, Flávio de Oliveira, também foi afastado da gestão.
Em abril, a PF ainda prendeu uma prima de Leto, Leila Viana, que atuava na Secretaria de Finanças do Município; Inaldo Figueiredo, da comissão que analisava imóveis que poderiam ser comprados pela prefeitura; Marcos Antônio Silva dos Santos; Gleuryston Vasconcelos Bezerra Filho; e Adeildo Bezerra Duarte.
A Polícia Federal informou que investigações comprovaram a participação das principais autoridades públicas do município em esquema que teria os ajudado a conquistar patrimônios muito acima do condizente com suas rendas. “Somente na aquisição de imóveis nos últimos cinco anos, verificou-se que um agente político envolvido no esquema movimentou mais de R$ 10 milhões à margem do sistema financeiro oficial”, divulgou a PF.
Também foram detectados funcionários fantasmas da prefeitura e da Câmara Municipal que recebiam salários de até R$ 20.000 e entregavam a maior parte para as autoridades locais, ficando de fato com valores residuais. As investigações ainda constataram doações fraudulentas de imóveis do patrimônio público municipal, bem localizados e de alto valor, para empresários locais sem que houvesse critérios objetivos para a escolha do beneficiado.