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Assistente nega favorecimento ao Botafogo-PB em jogo do PB

Mais testemunhas foram ouvidas nesta quinta-feira (25) em nova audiência de instrução e julgamento dos envolvidos no processo da ‘Operação Cartola’, que apura crimes relacionados à manipulação de resultados de jogos do Campeonato Paraibano. A audiência foi realizada no Fórum Criminal da Capital e ouviu testemunhas de defesa, que foram questionadas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e por advogados. Em uma das oitivas, o assistente Luís Felipe Correa negou favorecimento ao Botafogo-PB.

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Um dos ouvidos foi o ex-árbitro Broney Machado. Na oitiva, ele falou sobre como se dava o procedimento de sorteio e escala dos árbitros para as rodadas do Campeonato Paraibano. Além disso, explicou como era a logística de viagens e o recebimento de dinheiro.

“Após o sorteio éramos avisados e fazíamos a logística para viajar para Campina Grande, Patos, Cajazeiras. Eu fui árbitro CBF e um dos motivos que me fizeram parar logo é que a realidade da Paraíba é uma decepção. A gente viajava de João Pessoa para Cajazeiras de 5h e recebíamos R$ 50 de diária. A gente almoçava em Pombal e ia para o jogo. Quando voltávamos jantávamos em Patos e gastávamos R$ 20. Em 2015, um árbitro CBF recebia R$ 700, o assistente R$ 350 e o quarto árbitro R$ 175. Árbitro do quadro local era R$ 600, assistente R$ 300 e quarto arbitro R$ 150. A gente passava cinco ou seis rodadas para receber esse dinheiro”, disse Broney, negando saber se árbitros tinham patrimônio fora da realidade do que recebiam.

Outra pergunta feita foi sobre alterações em súmulas de partidas, que é uma das denúncias da Cartola. Em resposta, Broney falou que a equipe de arbitragem relatava nas súmulas o que via e que, quando necessário, para corrigir erros produzia anexo a sumula, o que é tido como normal. O fato também foi corroborado pelo assistente Luís Felipe Correa.

Assistente nega favorecimento ao Botafogo-PB

O assistente Luís Felipe também negou influência para favorecer o Botafogo-PB ao anular um gol do Nacional contra o CSP, válido pela 9ª rodada do Campeonato Paraibano. Conforme denúncia do Ministério Público, o jogo estava contaminado por fraude para benefício do clube de João Pessoa em detrimento do Nacional, que buscava a classificação.

“No gol anulado falaram muito de favorecimento ao Botafogo-PB, por ele ter interesse no resultado pró CSP. Eu não faço jogo do Botafogo-PB desde 2016 então como esse jogo tem interferência do Botafogo-PB? O Botafogo-PB me veta dos jogos desde 2016 por questão de preferência deles, por achar que eu não posso trabalhar. Mas mesmo se o gol não tivesse sido anulado o Nacional teria perdido”, disse o assistente.

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