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Caso Alph: Suposta namorada e ‘amigo’ são apontados como autores de assassinato e estão foragidos

Estudante foi morto com tiro na nuca e teve corpo abandonado em Gramame, em fevereiro de 2020
Clayton Tomaz de Souza, o Alph, foi morto com tiro na nuca (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

A Justiça da Paraíba decretou a prisão de duas pessoas pelo assassinato do estudante de Filosofia Clayton Tomaz de Souza, conhecido como Alph. A suposta namorada, Selena Samara Gomes da Silva, e um amigo, Abraão Avelino da Fonseca, já são réus no caso. Eles estão foragidos.

Alph foi assassinado em 8 de fevereiro de 2020, com um tiro na nuca. O corpo foi encontrado em uma estrada que dá acesso à Praia de Gramame.

Na época, as suspeitas se voltaram para seguranças da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que estariam perseguindo o estudante, segundo denúncias feitas pela própria vítima na internet. “Minha vida tá em risco, galera. Se eu aparecer morto, foram os guardinhas”, disse o estudante, em um vídeo postado nas redes sociais.

O caso gerou comoção e estudantes chegaram a fazer vigílias na instituição, cobrando justiça para a morte do colega e pedindo a prisão dos seguranças. No entanto, com o andamento das investigações, a polícia concluiu que o assassinato de Alph teve motivação passional.

De acordo com autos do processo, Selena mantinha relacionamento amoroso com Alph e, ao mesmo tempo, com Abraão. Os documentos apontam, ainda, que a perícia criminal encontrou manchas de sangue humano no veículo de Selena, indicando que o veículo teria sido usado para levar o corpo da vítima até Gramame, onde foi abandonado.

Ainda conforme a Justiça, depoimentos de testemunhas apontam indícios de que Selena e Abraao agiram em conjunto para matar Alph. Dentre eles, estão os relatos de que Selena foi a última pessoa a estar com Alph antes do desaparecimento dele e de que ela e mais dois homens arrombaram a porta do apartamento da vítima na noite do crime.

Em janeiro de 2021, a Justiça pediu a prisão temporária dos suspeitos e, em julho, o mandado foi convertido para prisão preventiva. Até o momento, eles não foram localizados. As defesas negam o envolvimento dos réus no crime e já tentaram derrubar os mandados de prisão, mas os pedidos não foram acatados.

A Justiça marcou para 16 de novembro a audiência de instrução do caso.

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