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Caso Patrícia Roberta: Justiça adia julgamento de réu para 25 de maio

Assistência de acusação está confiante na condenação de Jonathan Henrique a pelo menos 27 anos de reclusão
Patrícia Roberta
Jonathan Henrique teria matado Patrícia por asfixia (Foto: Arquivo/Portal Correio)

A Justiça da Paraíba adiou para 25 de maio o julgamento de Jonathan Henrique Conceição dos Santos, acusado de matar a jovem Patrícia Roberta Gomes da Silva, em abril de 2021. O réu iria a júri popular nessa terça (2).

Ao Portal Correio, o advogado Robério Capistrano, que representa a família da vítima, disse que o adiamento ocorre por readaptação da agenda do próprio Judiciário.

“O adiamento não foi solicitado pelas partes do processo. Acredito que a Justiça decidiu remarcar para uma quinta-feira por se tratar de um caso complexo. Esse julgamento certamente se estenderá por todo o dia e, como às sextas não são realizadas audiências, não existe possibilidade de interferência em outras pautas”, explicou.

Robério Capistrano disse, ainda, que a assistência de acusação está confiante na condenação de Jonathan Henrique. O advogado espera pena de, no mínimo, 27 anos de reclusão, devido aos qualificadores feminicídio, motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.

O advogado de defesa do réu, Raphael Garziera, disse, ao Portal Correio, que discutirá no julgamento aspectos do caso que ainda não são de conhecimento público. “Alguns elementos apontam que o crime pode ter sido cometido por uma terceira pessoa”, comentou. A defesa optou por preservar detalhes da alegação.

Entenda o caso

O corpo de Patrícia Roberta, de 22 anos, foi encontrado em um matagal no bairro de Gramame, em João Pessoa, no dia 27 de abril de 2021. A jovem, natural de Caruaru, Pernambuco, tinha vindo à capital paraibana para encontrar um amigo, Jonathan Henrique Conceição dos Santos.

Patrícia Roberta chegou em João Pessoa em 23 de abril. No dia 24, por chamada de vídeo, ela contou à mãe que Jonathan havia saído e a deixado trancada no apartamento dele, onde ela estava hospedada. A mãe da jovem diz ter percebido que Patrícia estava triste e abatida. À noite, enviou mensagem para a filha e Patrícia informou que Jonathan ainda não tinha chegado ou dado notícias.

No dia 25 de abril, às 11h46, Patrícia Roberta avisou à mãe que Jonathan já estava no apartamento. Às 12h06, a jovem disse que o amigo iria acompanhá-la na viagem de volta para Pernambuco e já havia comprado as passagens. Esse foi o último contato dela com a família.

Preocupados, os pais da jovem vieram até João Pessoa no dia 26 de abril para procurá-la e acionar a polícia. As buscas oficiais começaram no dia seguinte. 

Durante as investigações, a polícia teve acesso a imagens de câmeras de segurança que mostravam o suspeito carregando um carrinho de mão com um tambor de lixo. Um tempo depois, ele volta a aparecer na gravação, desta vez em uma moto e com algo semelhante a um corpo.

O corpo de Patrícia Roberta foi encontrado justamente dentro de um tambor de lixo. Os pés da jovem estavam amarrados e o corpo envolto em lençol e plástico. Jonathan Henrique foi localizado e preso na noite do dia 27 de abril. No apartamento dele, a polícia encontrou uma lista com nomes de mulheres, um altar com livros de magia e indícios de acesso à ‘deep web’, área ‘escondida’ da internet que tem pouca regulamentação e é comumente utilizada para atividades ilícitas, como compartilhamentos de conteúdos ilegais e comercialização de armas e drogas.

A perícia concluiu que Patrícia Roberta foi morta por asfixia. 

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