As chuvas de junho de 2019 são 107% maiores que o esperado para o mês, conforme dados da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) e da Defesa Civil de João Pessoa. Até a manhã desta segunda-feira (17), foram contabilizados 624 milímetros (mm), mais que o dobro dos 301 mm previstos para o mês.
Os dois açudes que abastecem a Capital estão praticamente cheios, sendo o Marés com 103,8% e o Gramame/Mamuaba com quase 100% da capacidade total.
Além dos vários problemas enfrentados na cidade, como alagamentos e buracos, até a manhã desta segunda-feira (17), 76 famílias estão sem casa, em abrigos temporários e encaminhadas para auxílio-moradia.
Conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ao Climatempo, 2019 é um dos 10 anos mais chuvosos desde 1994. Em poucos dias, a capital paraibana registrou os maiores volumes em 30 anos para o intervalo de tempo.
Ano | Chuva em junho (mm) |
1994 | 709,4 |
2003 | 626,2 |
2019 | 624 |
2007 | 573,7 |
2005 | 573,3 |
2000 | 557,7 |
2012 | 538,1 |
2013 | 493,5 |
2004 | 483,1 |
2002 | 472,3 |
Segundo a Climatempo, uma forte área de instabilidade foi observada próxima do litoral da Paraíba e de Pernambuco na manhã do domingo (16), o que está provocando mais chuvas nos dois estados. Há previsão de chuva para todo o estado da Paraíba, mas no Sertão, a chuva é fraca e só em algumas áreas. No Agreste e na Zona da Mata, a chuva é generalizada nesta segunda-feira (17) e pode ser de moderada a forte.
As novas áreas de instabilidade cresceram no litoral leste do Nordeste e estão provocando mais chuva forte sobre Recife (PE). Desta vez, a tempestade pode atingir também a Região Metropolitana de Maceió e outras áreas no litoral de Alagoas. Há potencial para alagamentos e deslizamentos de terra.