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Com pandemia e guerra, previsão de produção de número de carros diminui para 2022

Veículos registraram encarecimento e seguros também acompanharam tendência

O impacto da Covid-19 e da guerra da Ucrânia colaborou para um encarecimento e redução da produção de novos carros no Brasil. A escassez de semicondutores usados na produção dos veículos fez com que diversas linhas de produção paralisassem. E, esse fator, aliado à escalada da inflação, fez com que os carros usados também se valorizassem.

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) reduziu em 4,8% sua estimativa de produção em 2022, de 2,46 milhões para 2,34 milhões de novos veículos.

As projeções anteriores foram publicadas no final de 2021. Mas os resultados dos primeiros 3 meses de 2022 puxaram a média para baixo. Foi o auge da crise de semicondutores de acordo com a associação que, apesar disso, aposta em uma recuperação neste 2º semestre.

Seguros mais caros

Todos os fatores que levaram a menor produção de carros também ajudaram a elevar os preços dos seguros para carro.  Os clientes que já tinham hábito de proteger o carro não deixaram de contratar a cobertura, mas escolheram opções mais econômicas.

Em média, os preços de seguros subiram 32,45% nos últimos 12 meses, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indicador que mede a inflação oficial do país.

Dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados) mostram que o total pago em indenizações subiu 41,3%, chegando a R$ 7,2 bilhões no primeiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, a receita com seguros de carros cresceu bem menos: 23,3% no primeiro trimestre de 2022, passando de R$ 8,6 bilhões para R$ 10,6 bilhões, também em relação ao mesmo período em 2021. Conforme os carros foram voltando para as ruas, a sinistralidade voltou a subir. Isso, somado ao aumento do preço dos carros novos e usados, fez com que os seguros ficassem mais caros.

O valor do seguro é calculado com base no valor do carro na tabela Fipe, que traz os preços médios dos carros anunciados pelos vendedores, tanto usados como novos. Em 2021, um carro médio custava entre R$ 40 mil e R$ 50 mil. Os preços da tabela Fipe aumentaram, em média, 40%, o que gerou um prejuízo para as seguradoras, já que elas precisam indenizar o cliente que usa o seguro com base na tabela Fipe do dia do sinistro.

Alternativas para economizar

Os especialistas dizem que o ideal é que o consumidor contrate um seguro adequado as suas necessidades, incluindo apenas o que faz sentido para a rotina da pessoa, evitando assim gastos maiores do que o necessário.

O consumidor deve pelo menos manter a cobertura compreensiva, que é a mais tradicional do setor e que cobre os principais problemas, como acidentes, roubos, furtos e incêndios, e que tente negociar os preços com as corretoras e seguradoras.

Existem também os seguros por assinatura, em que o consumidor faz os pagamentos mensalmente. Há algumas empresas que permitem que se pague um valor mensal pequeno e se pague por quilômetro rodado. O consumidor tem que ver se é adequado para ele. Para quem dirige pouco, esse tipo de seguro vale a pena.

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