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Congresso derruba veto sobre propagandas partidárias

Trecho vetado previa que emissoras seriam compensadas por meio de renúncia fiscal por divulgarem propagandas
Propagandas partidárias
Marcelo Ramos em sessão no Congresso Nacional (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O Congresso Nacional derrubou nessa terça-feira (8) o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que retomou a propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão. O trecho vetado previa que as propagandas partidárias seriam financiadas com compensações fiscais às emissoras que as veiculam. A informação é do R7.

Extinta em 2017, a propaganda partidária divulga as ações das legendas. É diferente da propaganda eleitoral gratuita, veiculada em anos eleitorais para a promoção das candidaturas. A sessão no plenário da Câmara foi conduzida pelo primeiro vice-presidente da Casa, o deputado Marcelo Ramos (PSD – AM). Ramos lembrou que a deliberação do veto é um pedido das Lideranças partidárias, “devido ao iminente início da veiculação de propagandas partidárias, o que requer a sua apreciação de forma imediata”, pontuou.

Na Câmara, o veto foi rejeitado com os votos de 344 deputados, enquanto outros 49 votaram para manter a decisão do presidente. Já no Senado, 54 senadores votaram para derrubar o veto, e apenas 14 a favor do veto.

O texto original do projeto, de autoria dos senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Wellington Fagundes (PL-MT), propunha que as inserções fossem pagas com recursos públicos do Fundo Partidário, que receberia novos aportes da União para cobrir os gastos, mas Câmara e Senado decidiram retomar o modelo existente antes da extinção, de propaganda compensada pela renúncia fiscal.

Pela redação final da proposta, a compensação fiscal deverá ser calculada com base na média do faturamento dos comerciais dos anunciantes do horário compreendido entre 19h30 e 22h30.

O valor apurado poderá ser deduzido do lucro líquido para efeito de determinação do lucro real, na apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), inclusive da base de cálculo dos recolhimentos mensais.

A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) ressaltou a importância da derrubada do veto. “Na verdade, a volta da propaganda partidária, por si só, já não é salutar para a radiodifusão. Somado a isso, impedir a justa, embora insuficiente, compensação fiscal é impraticável. Graças ao trabalho do nosso setor, o Congresso reverteu a decisão”, ressaltou o presidente da Abratel, Márcio Novaes.

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