Moeda: Clima: Marés:
Início Política

Couto defende fim de privilégios e revogação da condenação de Lula

O candidato a senador pelo PT, Luiz Couto, foi o segundo a ser sabatinado na rodada de entrevistas que está sendo realizada no programa Correio Debate, da 98 Fm/Correio Sat. Entre os temas abordados ele defendeu o fim dos privilégios para parlamentares e a soltura do ex-presidente Lula.

Leia também: Daniella defende recursos para integrar polícias do Nordeste

Privilégios para políticos. “Eu pago pela minha alimentação e moro no apartamento que é funcional, que muitos não querem e querem o auxílio moradia, se existe estrutura para o parlamentar estar lá. Nesse aspecto consideramos que a atividade política não é para privilégios, votar em algo para encher as burras de dinheiro nesse sentido precisamos ter no parlamento pessoas com ética que esteja lá para defender o povo e o que prometeu tem que executar”.

Indulto a Lula. “Quero dizer que o Supremo deve revogar todas as condenações que não foram resultados de provas apenas de delação. Delação sem prova não vale. Lula não cometeu crime, já foi comprovado que o triplex não é dele. Tem que soltar Lula. O medo que se tem de um homem que apenas quer ser candidato, novamente estão todos com medo isso não é coisa para fazer”.

Reforma da Previdência. “Fui contrário a Emenda 287 e obstruí, junto com minha bancada, para que ela não seja votada. Porque não existe rombo, existe superávit, o que existe é que tem muita gente que deve e não paga. Há muitas fraudes, sonegação, dinheiro indo pelo ralo. Se você olhar vai verificar os 500 maiores devedores e não pagam, o trabalhador se não pagar entra na lista nebulosa, mas tem muitas empresas e grandes empresários que não pagam. O que precisa ser feito é cobrar de quem deve”.

Participação popular. “Defendemos uma emenda que possa trazer uma constituinte exclusiva com pessoas que serão eleitas para fazer a constituinte a partir de um plebiscito para o povo dizer o que quer para o Judiciário, o executivo e o ministério público e que haja um referendo para que depois o povo responda se o que foi feito era o que eles queriam, o povo brasileiro participa muito pouco e é preciso encontrar formas de participação”.

Verba indenizatória. “Uso o que é comprovado e todo ano devolvo o que não usei. Uso só o que é para o mandato, o que está definido pelo regimento da Casa. Acho que precisa acabar com os privilégios, o direito que temos de não ser punido pela sua ação parlamentar, essa liberdade que deve ter, mas quem comete maracutaia não pode ter privilégios”.

Autonomia da PF. “A Polícia Federal tem autonomia no sentido da investigação e ninguém pode intervir nisso. A polícia tem uma missão que é impedir que o crime organizado se estabeleça, investigar o narcotráfico, dá o direito ao cidadão de ir e vir. Vejo o mapa da violência e jovens negros e da periferia, agora adolescentes que estão sendo executados porque estão entrando no crime organizado”.

Proteção policial. “Continuo sendo ameaçado, mas entreguei minha vida a Deus e a meu anjo da guarda. Já tenho 73 anos. Aprendi com meu pai e minha mãe: meu filho ande direito e se você tiver Deus no coração você terá tudo. Tiraram a segurança porque disseram que não era da competência da Polícia Federal, e sim da Polícia Legislativa, ou seja, foi oferecido pelo governador Ricardo Coutinho, mas eu entreguei minha vida a Deus. Porque muitos dos que me ameaçavam foram presos, outros, na briga entre eles”.

Porte de arma. “Sou contra quando alguém colocar para a população, quando coloca é que o Estado falhou. O porte de arma já existe, mas tem regras, não pode ser como querem que pode ter armas sem critério, quando não tem o controle o traficante pega tudo aquilo.Pegaram das Forças Armadas. Acho que é dar condição para a polícia ter o trabalho de inteligência, trabalho preventivo, policial ter salário digno para não fazer bico precisamos fazer reforma profunda da segurança pública, da política e da reforma para que aqueles que ganham muito paguem”.

Maioridade penal. “Fui relator e fui derrotado. É preciso dar condição para que nossa juventude tenha escola de qualidade e a partir da infância. Criaram uma lei de mudança do ensino médio porque é a escola sem partido, mas a escola tem que ter debate. Acho que nesse aspecto antes de pensar na redução é preciso dar condição efetiva para aqueles jovens que hoje estão no crime e que foram vítimas da violência”.

publicidade
© Copyright 2024. Portal Correio. Todos os direitos reservados.