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CRM-PB vê irregularidades e cobra adequações no Hospital Prontovida

Inaugurado no último dia 15 de maio para o tratamento exclusivo de pacientes com Covid-19, o Hospital Municipal Prontovida, em João Pessoa, ainda possui algumas pendências para o seu funcionamento, conforme foi constatado pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), que, durante fiscalização, apontou que o hospital não tem central de esterilização e lavanderia, apresenta problemas na escala médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dispõe apenas de um aparelho de Raio X portátil (sem radiologista). A unidade também não tem diretor técnico para se responsabilizar por estas inconformidades.

“Infelizmente alguns setores do hospital estão funcionando de forma improvisada. Algumas pendências precisam ser resolvidas com mais brevidade possível”, destacou o diretor de fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa. Ele explicou que a esterilização das roupas e materiais do hospital está sendo feita no Hospital Santa Isabel e levada em transporte não compatível com este fim. “Neste momento de pandemia, com a fácil disseminação do coronavírus, a esterilização é um serviço primordial. Esta situação não é aceita pela vigilância sanitária que exige que empresa especializada realize o transporte e esterilização das roupas e materiais”, afirmou.

Quanto à escala médica e à falta de diretor técnico, João Alberto explicou que a diretoria geral do hospital já entrou em contato com o CRM-PB, após a fiscalização, e prometeu preenchê-la com profissionais capacitados. No entanto, em alguns plantões, tem sido relatada a falta de médicos na UTI, já que alguns têm se afastado. A diretoria do hospital também garantiu ao CRM-PB que até esta quarta-feira (3) será nomeado um diretor técnico para o hospital.

O presidente do CRM-PB, Roberto Magliano de Morais, destacou que apesar das dificuldades que todos estão enfrentando, é preciso que haja uma estrutura adequada para que os profissionais de saúde realizem seus trabalhos. “É preciso que não faltem leitos de UTI, nem medicamentos para que possamos manter os pacientes vivos. Mas os médicos precisam também de equipamentos de proteção, contratos dignos e com garantias, pois estão se arriscando a adoecer e morrer. O CRM-PB solicita providências urgentes”, disse o presidente do CRM-PB.

“Obviamente que o CRM-PB não quer interditar um hospital tão importante para a população de João Pessoa. Mas estamos atentos e cobrando que as unidades funcionem de forma correta e digna”, completou o diretor de fiscalização. Ele ainda acrescentou que o hospital apresenta pontos positivos, como equipamentos de proteção individual (EPI’s) e álcool em gel em quantidade suficiente, além de laboratório com teste rápido para Covid-19 e swabs coletados para análise do Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB).

A equipe do CRM-PB observou também que o hospital possui 20 leitos de enfermaria, sendo que 14 estavam ocupados no dia da fiscalização (22 de maio), e 10 leitos de UTI (com monitor e respirador), estando sete ocupados. Conforme informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa, o Prontovida tem capacidade para 114 leitos, sendo 82 de enfermaria e 32 de UTI, que ainda podem ser instalados.

O Portal Correio entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa para tratar sobre as adequações exigidas, mas a pasta respondeu que, até a publicação desta matéria, não recebeu do Conselho Regional de Medicina da Paraíba nenhum documento sobre a fiscalização realizada no Prontovida.

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