A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado vai se reunir nesta terça-feira (14) para votar se fará um convite ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para falar sobre a taxa básica de juros, a Selic, fixada em 13,75% ao ano. A reunião está prevista para começar às 9h. A informação é do R7.
Para o novo presidente da CAE e autor do requerimento, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), a alta taxa básica de juros tem gerado controvérsia na área econômica sobre a manutenção desse índice como a principal ferramenta para conter a inflação.
“Quando a taxa Selic aumenta, o acesso ao dinheiro pela população, tanto por linhas de crédito, empréstimos e financiamentos, fica reduzido. Assim, o consumidor deixa de fazer gastos maiores para poupar no período de alta inflacionária. A longo prazo, essa estratégia tende a frear a inflação para que seja possível gerar uma oferta mais barata de acordo com a demanda reduzida”, afirma o senador no requerimento.
A Selic é definida nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), formado por diretores e pelo presidente do Banco Central. Eles definem a taxa que passa a vigorar durante um mês e meio após a reunião, até que uma nova reunião aconteça.
Também nesta terça estão previstas assembleias nas bases sindicais de servidores públicos do Poder Executivo para decidir se aceitam ou não a contraproposta de reajuste salarial de 9% oferecida pelo governo a partir de maio. Inicialmente, a categoria pediu 13,5%. Em outras duas ocasiões, o governo havia sugerido uma recomposição salarial de 7,8%, em seguida, de 8,4%.
De acordo com o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), Rudinei Marques, o governo vai formalizar a proposta nesta segunda-feira (13).
“Na terça [14] vamos levar para as bases, com indicativo de aprovação. Quem decide são as categorias, mas os dirigentes se comprometaram a subscrever a proposta. Ela não corrige totalmente as nossas perdas, mas é o que dá neste momento”, afirma.
Além do aumento salarial, o Executivo vai reajustar o vale-alimentação em R$ 200, passando dos atuais R$ 458 para R$ 658.
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres vai prestar depoimento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quinta-feira (16), às 10h. Ele está preso desde 14 de janeiro em razão dos atos de vandalismo em Brasília, em 8 de janeiro.
A expectativa é que Torres esclareça, por videoconferência, sobre a minuta de um decreto de golpe de Estado encontrada pela Polícia Federal na casa dele e a participação em uma live feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com ataques às urnas eletrônicas.
O depoimento foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que atendeu a um pedido do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves.
De acordo com Moraes, na oitiva, Torres estará “na condição de testemunha” e terá “assegurados o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo”.