A greve dos caminhoneiros, que entro pelo oitavo dia consecutivo em todo o Brasil, segue sem solução, com desabastecimento de postos de combustível e supermercados. No estado, o Exército e outros órgãos montaram um gabinete de gerenciamento de crise para articular ações conjuntas.
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Ao Portal Correio, a capitão Carla, da assessoria de comunicação do Exército, afirmou que, além do próprio Exército, o gabinete é formado por representantes das policias Federal, Rodoviária Federal (PRF), Militar e Civil; Ministério Público da Paraíba (MPPB); Advocacia Geral da União (AGU); e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Conforme a capitão, o gabinete vem se reunindo desde sábado para caso aja necessidade de ações contra o movimento grevista tudo ocorra da melhor forma possível e em acordo entre os órgãos.
“Até agora estamos fazendo a escolta dos comboios que transportam querosene de aviação para os aeroportos, inclusive o Castro Pinto. Essa escolta vem sendo em conjunto com a PRF. Por enquanto, não recebemos nenhuma ordem direta para uma ação nas BRs, que são de responsabilidade do governo Federal. Também podemos atuar nas rodovias estaduais, mas apenas se o Executivo solicitar e comprovar que as policias locais não possuem capacidade para atuar na situação”, disse a capitão Carla.
As ações das Forças Armadas devem ocorrer até o dia 4 de junho, conforme prevê o decreto de Garantia da Lei e da Ordem assinado pelo presidente Michel Temer (MDB) na sexta-feira (25).
Negociação para fim da greve
Na tarde desta segunda, PRF e Exército estiveram em reunião com os caminhoneiros para que a greve acabe no estado. Eles estregaram aos representantes da categoria o documento que trata da negociação feita entre o presidente da República Michel Temer e os grevistas nesse domingo.
O major Alex, do 1º Grupamento de Engenharia do Exército, pediu que os caminhoneiros liberassem as vias para que as cargas pudessem passar. “Precisamos das vias livres. Muita gente já está sofrendo com isso, precisamos de via livre para passagem de comboio”, disse.
Agentes da PRF também tentaram convencer os grevistas a deixarem o local, ou pelo menos liberarem para que comboios de caminhões com combustíveis e outros itens, como alimentos, pudessem seguir viagem para fazer suas entregas.
Contudo, as lideranças dos caminhoneiros disseram que não irão acabar com a greve e alegaram que as vias não estão bloqueadas. “As concordâncias que fizeram lá foi um sindicato que não faz parte do Sindicato dos Caminhoneiros, nós somos todos autônomos. Temer deu garantia verbal e não por escrito”, respondeu Frank Jhones.