Com a prisão de Luiz Fernando Pezão (MDB) na manhã desta quinta-feira (29), todos os governadores eleitos do Rio de Janeiro nos últimos 20 anos foram ou estão presos. A lista inclui ainda Anthony Garotinho (PRP), Rosinha Garotinho (Patriota) e Sérgio Cabral (MDB).
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Pezão é acusado de ter sucedido o ex-governador Sérgio Cabral em um esquema de corrupção na administração estadual. A PGR (Procuradoria-Geral da República) alega que Pezão recebeu mais de R$ 25 milhões, em espécie, entre 2007 e 2015 em propina após as investigações da operação Boca de Lobo e executada pela Polícia Federal.
O governador foi detido no Palácio das Laranjeiras e deve ser transferido para o Batalhão Especial Prisional de Niterói (BEP).
Anthony Garotinho (PRP) e Rosinha Garotinho (Patriota) foram presos em novembro de 2017 por terem cometido crimes eleitorais, de acordo com o Ministério Público, eles teriam recebido dinheiro ilícito para o financiamento de campanhas do grupo político do casal em Campos dos Goytacazes (RJ). O casal nega os crimes.
No total, Garotinho foi preso três vezes. A primeira prisão ocorreu em novembro de 2016 durante a operação Chequinho da Polícia Federal, que investiga o uso eleitoral do programa Cheque Cidadão e combate crimes eleitorais em Campos, no norte fluminense, onde o ex-governador atuava como secretário de governo da prefeitura. A segunda prisão ocorreu em setembro de 2017, a alegação da Justiça é a de que Garotinho estaria ameaçando testemunhas e atrapalhando as investigações da PF.
O MPF-RJ pediu a prisão em fragrante de Picciani em novembro de 2017, que desde março deste ano cumpre prisão domiciliar. De acordo com os procuradores há provas do envolvimento do parlamentar nos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa para cobrança de propina no setor de transporte público.Melo também é investigado por prática de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
No início deste mês, durante a operação Furna da Onça desdobramento da Cadeia Velha, no âmbito da Operação Lava Jato, dez deputados do Rio foram alvo da Polícia Federal. Três já estavam presos: Picciani, Melo e Edson Albertassi, todos do MDB. Entre os alvos do Ministério Público estavam: André Correa, deputado estadual (DEM); Chiquinho da Mangueira, deputado estadual (PSC); Coronel Jairo, deputado estadual (MDB); Luiz Martins, deputado estadual (PDT); Marcelo Simão, deputado estadual (PP); Marcos Abahão, deputado estadual (Avante); Marcos Vinícius “Neskau”, deputado estadual (PTB); Affonso Monnerat, secretário de Governo; Leonardo Silva Jacob, presidente do Detran/RJ e Vinícius Farah, ex-presidente do Detran/RJ e deputado federal eleito pelo MDB.
Cinco dos seis conselheiros do Tribunal de Contas do Estado também foram presos e encaminhados a penitenciária de Bangu. Eles foram o alvo da operação O Quinto do Ouro, que apura a suposta participação de membros do Tribunal de Contas do Rio no recebimento de pagamentos indevidos oriundos de contratos firmados com o Estado fluminense em contrapartida ao favorecimento na análise de contas/contratos sob fiscalização na Corte de Contas.
O ex-procurador-geral do Ministério Público Estadual Claudio Lopes foi preso no dia 9 de novembro acusado de participar do esquema de propinas liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral. Como procurador-geral, Lopes chefiou a instituição entre 2009 e 2012. Em outubro, foi denunciado pelo próprio órgão por formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva e quebra de sigilo funcional. No mesmo processo, que tramita em segredo de Justiça, também foram denunciados o ex-governador Cabral, o ex-secretário estadual de governo Wilson Carlos e Sérgio de Castro Oliveira, suposto operador financeiro de Cabral.