Após a Justiça do Trabalho ter decidido pela reabertura do Instituto de Polícia Científica (IPC) de João Pessoa, o órgão voltou a funcionar parcialmente na manhã desta quarta-feira (13), porém, serviços como o de emissão de carteira de identidade ainda estão suspensos.
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O diretor geral do IPC, Israel Aureliano, garantiu que os serviços de medicina legal, para liberação de corpos, voltou a ser realizado normalmente, e com isso, os corpos não precisam mais serem levados para Campina Grande. Familiares de falecidos que foram encaminhados ao IPC nesta quarta (14) garantiram que o serviço está acontecendo normalmente. “Meu pai sofreu um infarto, e como ele teve um hematoma no rosto quando caiu, teve que ser encaminhado para cá, mas já foi liberado”, relatou Josefa Moura, de 45 anos.
Israel ainda confirmou que alguns equipamentos e materiais que haviam sido retirados do prédio onde funciona o órgão começaram a voltar ao espaço para serem instalados novamente. Contudo, o diretor ressaltou o prazo estabelecido pelo Ministério do Trabalho para readequação do espaço e pediu apoio da Secretaria de Segurança do Estado.
“Os serviços de laboratório e identificação criminalista ainda estão se ajustando. Hoje é um dia que a gestão está trabalhando aqui, fazendo limpeza, trazendo equipamentos para que possamos continuar o serviço. Mas focamos que temos um prazo de 120 dias apontados pelo Ministério do Trabalho. Isso não isenta o Estado como responsável dessa solução. Dependemos do orçamento da Secretaria, e precisamos contar com esse apoio para que a população seja menos prejudicada”, falou Aureliano.
O gestor pediu paciência a população para lidar com a suspensão de alguns serviços como de emissão de RG, que ainda estão suspensos, e admitiu a possibilidade de realizar algumas atividades em outros ambientes.
“Sobre os serviços de RG, estamos com um processo de transferência para a Central de Polícia. Vamos ver se vai ser possível deixar lá ou trazer para cá novamente. Pedimos um pouco de apoio da população porque vamos tentar estabelecer isso o quanto antes. Não descarto a possibilidade de alguns setores funcionarem em ambiente externo, a própria Acadepol e a Central podem ser utilizadas como apoio”, finalizou o diretor.
MPT vai recorrer
Em entrevista ao repórter Richelle Bezerra, da TV Correio, o procurador do trabalho, Eduardo Varandas garantiu que vai recorrer da liminar expedida pela Justiça do Trabalho junto ao Tribunal Regional do Trabalho.
“Primeiro a decisão causa perplexidade ao MPT. O poder judiciário se quer apreciou as péssimas condições de trabalho do IPC. Encontramos uma série de irregularidades. Vamos entrar com pedido de reconsideração e com um mandato de segurança contra o ato da juíza, direto no Tribunal Regional do Trabalho. O MPT jamais vai poder relaxar à vida humano que está em jogo com essa decisão”, garantiu o procurador.