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Laudo técnico aponta irregularidades e alto risco de incêndio da Fortaleza de Santa Catarina, em Cabedelo

MPF pede em ação civil pública que União e Iphan tomem medidas de segurança, prevenção e combate ao fogo
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Fortaleza de Santa Catarina/Foto: Divulgação/Prefeitura de Cabedelo

Uma vistoria do Corpo de Bombeiros da Paraíba na Fortaleza de Santa Catarina, em Cabedelo, identificou diversas irregularidades nas instalações da edificação histórica, o que levou à caracterização do imóvel como de alto risco.

Entre as irregularidades constatadas, estão a ausência de itens como certificado de aprovação, ART’s de execução (projeto de prevenção a incêndio), projeto de segurança contra incêndio, extintores, saídas de emergência, hidrantes, sinalização de emergência, iluminação de emergência, alarme e detecção de incêndio, instalações elétricas de baixa tensão, brigadas de incêndio e planos de emergência e sistemas de proteção contra descargas atmosféricas.

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública para que a União e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia do governo federal, sejam condenados a implementar medidas eficientes de segurança, prevenção e combate a incêndio, com base em projeto de segurança contra incêndio e pânico.

Na ação, o MPF ainda requer queas duas instituições sejam condenadas a reparar danos ao patrimônio histórico e cultural, em decorrência de omissão e, ainda, fixação de multa diária por eventual descumprimento de qualquer obrigação determinada pela Justiça.

Em julho de 2019, o MPF recomendou que o Iphan executasse, em 60 dias, medidas eficientes contemplando a correção de todas as irregularidades descritas no laudo, o que não foi feito.

Tutela de urgência

O Ministério Público Federal requer liminarmente que União e Iphan concluam, em trinta dias, processo administrativo iniciado para viabilizar a contratação final da obra de segurança, prevenção e combate de incêndio na fortaleza, abrangendo a  inclusão do montante necessário no orçamento de 2021 ou, no máximo, de 2022. Comprovado isso em juízo, requer que executem, também em um mês, a implementação das medidas técnicas orientadas há muito tempo pelo Corpo de Bombeiros.

O MPF solicita à Justiça, por fim, que o Iphan exerça, no prazo de trinta dias, poder de polícia, a fim de regularizar a situação dos empreendimentos situados na circunvizinhança da fortificação, que incrementem o risco de incêndio por estocarem materiais inflamáveis  e estejam funcionando sem aval/autorização do instituto.

Indicada a Patrimônio Mundial

A Fortaleza de Santa Catarina é uma construção em alvenaria concluída em 1597 e tombada, desde 1938, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, estando sujeita, portanto, à especial proteção. A fortaleza compõe o bem seriado “Fortificações Brasileiras”, formado pelo conjunto de 19 fortificações e fortes brasileiros que integram lista indicativa ao título de Patrimônio Cultural Mundial da Unesco, necessitando atender a uma série de requisitos técnicos para o alcance do reconhecimento mundial.

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