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Lucélio pode ir à Justiça após ‘revelações’ da Operação Calvário

O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), disse, nesta segunda-feira (11), que as declarações do ex-assessor da Secretaria de Planejamento, Leandro Nunes, sobre supostas irregularidades na campanha a governador de 2018, podem motivar o ajuizamento de ação por parte da coligação que teve o seu irmão, Lucélio Cartaxo, como candidato ao governo do Estado.

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Leandro Nunes chegou a ser preso no dia 1º de fevereiro, após deflagração da 2ª fase da Operação Calvário, mas foi posto em liberdade na última sexta-feira (1º). No depoimento ao Ministério Público, Leandro revelou a participação direta da secretária Livânia Farias no agrupamento classificado pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) como uma Organização Criminosa, que teria desviado recursos da Saúde e também realizado o pagamento de propinas destinadas a bancar campanhas eleitorais no estado.

De acordo com Cartaxo, o setor jurídico da coligação está atento ao que está sendo desvendado pelas investigações e poderá contestar o resultado do pleito na Justiça. No entanto, o prefeito pregou cautela e disse preferir aguardar o desenrolar o acontecimento dos fatos. “O Ministério Público vem fazendo o seu papel, o nosso jurídico está atento, por isso vamos aguardar os fatos se desenrolarem e as investigações avançarem”, destacou.

A Calvário

O Ministério Público concluiu que Leandro Nunes faz parte do que o Gaeco classifica como Organização Criminosa. Ele, conforme os promotores, era responsável pela operacionalização de diversas ações criminosas, entre elas o recebimento de propina a serem repassadas para outros integrantes do grupo, o qual o MPPB chama de ‘organismo delinquencial’.

Além de Livânia, está na mira do Gaeco o secretário Waldson de Souza. A segunda fase da Operação Calvário foi deflagrada no dia 1º de fevereiro e a primeira no dia 14 de dezembro de 2018.

Conforme apurado nas investigações, uma organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha Brasileira era comandada pelo empresário Daniel Gomes da Silva, que já possui condenação criminal em primeira instância pelo crime de peculato, em razão de sua empresa ter sido contratada por valores superfaturados para o serviço de manutenção de ambulâncias à Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro.

Operando sob a denominação e o CNPJ destas entidades não governamentais, a organização criminosa comandada por Daniel obteve acesso a mais de R$ 1,1 bilhão de reais em recursos públicos, para a gestão de unidades de saúde em outras unidades da Federação.

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