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Lula e Lira conversam por telefone e definição de cargos para o centrão pode sair semana que vem

Presidentes da República e da Câmara devem se encontrar nos próximos dias para acertar os detalhes do acordo
Foto: Jefferson Rudy 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conversaram por telefone nesta quarta-feira (26) sobre a reforma ministerial que vai acomodar integrantes dos partidos do centrão. Lula e Lira devem se encontrar nos próximos dias para acertar os detalhes do acordo. As mudanças na Esplanada são consideradas decisivas para a agenda do governo no Congresso no segundo semestre do ano. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

Na última terça-feira (25), o presidente Lula admitiu ceder ministérios a partidos do centrão em troca de “tranquilidade ao governo”. Ele também disse que vê como “normal” que o grupo político queira respaldo na Esplanada, já que tem votado a favor das pautas governistas no Congresso. As alterações na Esplanada, segundo Lula, devem ocorrer nas próximas semanas.

“É assim que a gente conversa e é normal que, se esses partidos que quiserem apoiar a gente, eles queiram participar do governo. Aí você tenta arrumar um lugar para colocar, para dar tranquilidade ao governo para as votações que nós precisamos para melhor aprimorar o funcionamento do Brasil. É exatamente isso que vai acontecer”, afirmou.

Lula também disse que, apesar dos acordos, os partidos políticos não terão poder para escolher ministérios e que as indicações são prerrogativa do presidente da República.

“Não é o partido que quer vir para o governo que escolhe o ministério. Quem escolhe, indica e oferece o ministério é o presidente da República. Vamos fazer isso nos próximos dias. Mas ainda não conversei com ninguém. Quando eu conversar, terei interesse que a imprensa saiba, não tem conversa sigilosa”, enfatizou.

Cotados para os ministérios

Um nome dado como certo que na Esplanada após as trocas ministeriais é o do deputado André Fufuca (PP-MA), do partido de Arthur Lira. A dúvida está em torno de qual vaga ele assumiria. O partido almeja uma pasta com grande orçamento, como Desenvolvimento Social e Combate à Fome (atualmente nas mãos de Wellington Dias, do PT).

Além disso, o centrão avalia a indicação de mulheres para o primeiro escalão. A orientação do Palácio do Planalto, que quer evitar um desgaste com a possível dispensa de nomes femininos dos cargos de chefia na Esplanada. Com isso, a ex-deputada federal Margarete Coelho ganha força para assumir a presidência da Caixa, e a ex-deputada Virgínia Velloso é o nome cotado para o comando da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

No caso de Margarete Coelho, cotada para a presidência da Caixa, ela tem proximidade tanto com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), quanto com o presidente do Progressistas, Ciro Nogueira (PI), que tem declarado oposição aberta ao governo Lula. Coelho foi vice-governadora do Piauí e é atualmente a diretora de Administração e Finanças do Sebrae.

Já para a Funasa, um nome forte é o da atual superintendente da fundação na Paraíba, Virgínia Velloso. Ela é a mãe do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e da senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB). Além disso, atuou nas articulações no Congresso para a recriação da Funasa e tem a simpatia de servidores da fundação. 

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