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Medalhistas no Mundial de Atletismo Paralímpico são recebidos na Paraíba

Petrúcio Ferreira, Cícero Nobre e o técnico Pedrinho de Almeida Pereira chegam ao Aeroporto Castro Pinto, em Bayeux, nesta quarta-feira (19)
(Foto: Reprodução)

Os desportistas Paraibanos especialmente os simpatizantes do atletismo estarão recebendo nesta quarta-feira (19), no Aeroporto Castro Pinto, na cidade de Bayeux os medalhistas – Petrúcio Ferreira (medalha de ouro pela terceira vez) e Cícero Nobre (medalha de bronze), além do técnico Pedrinho de Almeida Pereira.

Eles fizeram parte da delegação do Brasil que realizou a sua melhor campanha na história dos Mundiais de atletismo paralímpico ao conquistar 47 medalhas no total e terminar na segunda colocação na competição encerrada em Paris, na França, nesta segunda-feira (17).

Jamais os brasileiros haviam obtido tamanho êxito em um Mundial da modalidade. Essa foi a quinta medalha de Petrúcio em Mundiais. Além dos ouros nos 100m em Dubai 2019 e Londres 2017, tem outros dois títulos – nos 400m também em Dubai 2019 e nos 200m em Londres 2017. É ainda o atual bicampeão paraolímpico dos 100m (Rio 2016 e Tóquio 2020).

Além de Petrúcio Ferreira, campeão na prova dos 100m da classe T47 (amputados de braço), e o Cícero Nobre que conquistou a medalha de bronze no lançamento de dardo F57 (cadeirantes), a Paraíba ainda obteve mais duas medalhas de bronze, Ariosvaldo Fernandes (Parré) – T53, 100m e no revezamento 4x100m misto.

Petrúcio Ferreira afirma que cada conquista é como se fosse a primeira. Ele disse que sempre se lembra de onde veio. “Essa conquista vale muito para mim. Quem é atleta sabe qual é a nossa dedicação do dia a dia, os momentos difíceis que a gente passa”.

O paratleta também destacou o apoio recebido para alcançar a conquista. “É tudo por um sonho, agradeço à minha família, ao meu treinador Pedrinho, à torcida e à minha esposa, que passou vários momentos complicados ao meu lado. Não larguei tão bem, errei na minha terceira passada. Poderia ter acertado mais, mas saio feliz com meu terceiro mundial”.

Petrúcio se tornou paratleta por ter sofrido um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos e foi submetido a amputação de parte do braço esquerdo, abaixo do cotovelo.

Falou em parar

Ao comemorar a conquista durante as entregas de medalhas aos vencedores, o paratleta Petrúcio Ferreira deu um depoimento, falando com o rosto coberto de lágrimas, afirmando que muitas vezes chegou a pensar em abandonar tudo. Mas o treinador Pedrinho de Almeida Pereira procurou amenizar a situação, assegurando que foi apenas um desabafo, pela emoção da conquista.

“Quanto a Petrúcio, parar, entendo que tenha sido uma fala dele, mas nada de pensar em parar, ele pode ter se referido a isto, mas em função de algum problema pontual, em decorrência de alguma lesão que às vezes surge, mas nada que signifique parar de correr. Temos alguns projetos aí para desenvolvermos e para tentarmos realizar. O ano que vem vai fazer 10 anos que ele começou a treinar comigo e isso aí, por se só, tem um sabor especial dentro do nosso trabalho”.

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