O ex-ministro José Dirceu está na Paraíba onde lança, nesta sexta-feira (21), livro de suas Memórias, em João Pessoa. Mas, obviamente, em sua passagem pelo estado ele não ficaria isento de responder perguntas sobre a política brasileira e o atual cenário dessa área no país. E o principal alvo de Dirceu foi o candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro, quem ele considera uma ameaça à democracia.
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Para Dirceu, o que o Brasil está presenciando é a ameaça de um segundo golpe militar, a exemplo do que aconteceu em 1964. Segundo ele, o processo que tirou Dilma do poder foi feito exatamente baseado em um discurso de ódio.
O ex-ministro acrescentou que, o ataque ao candidato Bolsonaro, vítima de uma facada durante um ato público, foi um fato isolado e que não pode servir para definir uma eleição.
José Dirceu afirmou que o mensalão, fato que o levou à prisão, não existiu. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Dirceu teve participação num esquema montado pela Engevix, uma das empreiteiras que formaram cartel para fraudar licitações da Petrobras a partir de 2005. Porém, ele garante ser inocente.
José Dirceu não quis comentar sobre os erros do Partido dos Trabalhadores, por conta do processo eleitoral. Apesar de evitar falar sobre o assunto, o ex-ministro disse que o PT errou quando não conseguiu mobilizar a população para resistir ao impeachment de Dilma da mesma forma como os articuladores do processo fizeram.
José Dirceu disse também que embora pudesse não pretende disputar nenhum cargo eletivo daqui pra frente. Ele revelou que vai continuar vivenciando a política 24 horas por dia, mas sem participar das disputas.