Parlamentares de oposição ao governo criticaram nas redes sociais declarações do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, sobre um suposto plano de envolvidos nos atos extremistas do 8 de Janeiro para prendê-lo e enforcá-lo. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.
Em uma plataforma, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) afirmou que o ministro lançou “um factoide para chamar atenção e se faz de vítima sem revelar nada além”.
“Como lhe compete. Eles estão sempre em busca dos holofotes. Exatamente o contrário do que recomenda a Magistratura. Amanhã nos pronunciaremos mais uma vez listando os diversos abusos daqueles que, a pretexto de defender a democracia (de um “golpi” sem armas ou liderança) a capturaram”, disse o parlamentar.
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) publicou reflexões e perguntas da entrevista que considerou “gravíssima”. Moraes deu declarações sobre as investigações dos atos extremistas do 8 de Janeiro a um grupo de comunicação.
“A quem acusa, o ônus das provas. Onde estão as provas? O que a Polícia Federal fez? Prendeu as pessoas que iriam praticar tais atos? Quem são? Porque esperou quase um ano depois pra [sic] falar?”, questionou.
Alguns parlamentares assinaram ainda uma manifestação em que afirmam declinar a participação em evento alusivo aos atos ocorridos em 8 de janeiro.
“A verdadeira defesa da democracia requer ações concretas, não simbolismos vazios e contraditórios. A omissão do governo Lula naquela data e a parcialidade nas investigações mostram a necessidade urgente de um compromisso real com os princípios democráticos e o restabelecimento da normalidade democrática”, disse o senador Jorge Seif em uma rede social.
Parlamentares governistas se solidarizaram com o ministro. Em uma rede social, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que é preciso “julgar e punir os comandantes do golpismo, civis e militares”. Para a parlamentar, “o ministro Alexandre Moraes e o STF têm papel importantíssimo na defesa da democracia, antes, durante e depois da tentativa de golpe”.