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Presidente da Câmara de Conde assume prefeitura da cidade

O presidente da Câmara de Conde, na Grande João Pessoa, Carlos Manga Rosa (MDB), assumiu de forma interina a prefeitura da cidade nesta quarta-feira (18). A medida ocorre porque a prefeita Márcia Lucena (PSB) foi afastada do cargo e seguiu para o presídio feminino Júlia Maranhão, em João Pessoa.

Márcia foi presa nessa terça-feira (17) durante a sétima etapa da Operação Calvário e submetida à audiência de custódia na manhã desta quarta-feira (18), quando teve a prisão mantida. A posse de Manga Rosa ocorreu em sessão extraordinária logo depois da audiência de custódia de Márcia Lucena.

O vice-prefeito da cidade de Conde, na Grande João Pessoa, Temístocles Ribeiro Filho (Patriota), renunciou ao mandato em setembro deste ano. Em carta aberta e lida no Plenário da Câmara de Conde, ele disse que sofreu perseguição por parte da prefeita da cidade, Márcia Lucena (PSB), e classificou a gestão de “coronelismo moderno”. Clique aqui e veja mais.

“Este é um momento novo, não só para mim, mas para a Câmara de Conde, para a população condense. É um momento de união e esforço de todas as partes e iremos manter a governabilidade, dar andamento a tudo que está funcionando, unindo ainda mais os Poderes Executivo e Legislativo e fortalecendo o diálogo com o povo de Conde”, disse Manga Rosa no discurso de posse.

“Não é um momento de festa e nem de euforia. Mas acho que temos que ter união, esforço, paciência e compromisso. Vai ser um momento novo não só para a cidade de Conde, mas para mim também. Vou ter que aprender junto com vocês”, afirmou.

O caso

Márcia é suspeita de participar de um esquema de corrupção no Governo do Estado investigado na etapa ‘Juízo Final’ da Operação Calvário, deflagrada pela Polícia Federal nessa terça (17). Os crimes teriam a participação de nomes importantes da gestão do Estado, como o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB).

A Polícia Federal apura desvio de R$ 134,2 milhões de recursos públicos destinados a serviços de saúde na Paraíba, por meio de fraudes em procedimentos licitatórios e em concurso público, corrupção e financiamento de campanhas de agentes políticos, bem como superfaturamento em equipamentos, serviços e medicamentos. As investigações apontam que, do montante desviado, R$ 120 milhões teria sido usado para financiar campanhas nas Eleições Estaduais de 2010, 2014 e 2018.

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Segundo as investigações, Márcia é apontada como responsável pela estruturação das fraudes na Educação e foi escolhida para representar os interesses da organização no poder executivo enquanto esteve à frente da Educação e da Cultura no Governo do Estado.

O diretório municipal do PSB em Conde divulgou nota na qual diz estranhar a prisão da prefeita, “sem que antes fosse ouvida sobre as acusações a ela imputadas, para que pudesse prestar as informações necessárias ao restabelecimento da verdade”.

O partido defendeu a gestora. “Temos a consciência tranquila quanto aos atos praticados pela prefeita Márcia, não só enquanto gestora da Educação e da Cultura estadual, bem como a frente do Poder Executivo Municipal de Conde. Prova disso, foi a merecida a aprovação de todas as contas públicas sob sua responsabilidade, pelo Tribunal de Contas do Estado”.

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