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Quarenta mulheres já foram assassinadas na Paraíba em 2023

Casos de feminicídio chegam a 18 apenas em oito meses. Dados são da Secretaria de Segurança Pública da Paraíba
Depressão
(Foto: Imagem ilustrativa/Marcelo Camargo/Agência Brasil)

De Janeiro até agosto deste ano, foram registrados 42 casos de assassinatos de mulheres, dentre os quais, 18 foram casos de feminicídio. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública da Paraíba.

Comparado aos números do mesmo período de 2021 e 2022, os casos de assassinatos diminuíram. Em 2021 foram registrados 59 assassinatos, já em 2022 foram 55. Em relação aos casos de feminicídio, houve uma diminuição se comparado aos outros anos, entretanto, a porcentagem não acompanha a mesma proporção da queda numérica.

De acordo com a Cassandra Duarte, delegada geral adjunta, o feminicídio se enquadra em crimes de violência doméstica ou por menosprezo à condição de mulher. A delegada ainda orienta a prestar atenção aos sinais de agressão que possam surgir no relacionamento.

“A violência começa como se fosse um cuidado, um ciúme e a partir daí pode crescer para uma violência psicológica, patrimonial e até mesmo física. Infelizmente muitos casos terminam no assassinato dessas mulheres”, afirma a delegada.

Casos Recentes

(Foto: Redes Sociais)

Nas últimas semanas, a Paraíba presenciou o caso da jovem Rayssa de Sá, morta pelo ex-companheiro Betinho Barros, que tirou a própria vida logo após cometer o crime.

O caso aconteceu no município de Belém, região do Brejo paraibano, Betinho Barros era secretário de comunicação da prefeitura e fazia constantes ameaças à Rayssa. Familiares da jovem relataram que ela sofria muitas agressões e foi impedida de estudar e trabalhar pelo ex-companheiro. O crime aconteceu na noite do dia 21 de setembro.

Como buscar ajuda

As mulheres vítimas de violência doméstica podem buscar ajuda e assistência. O primeiro passo é prestar a queixa em uma delegacia especializada.

A mulher também pode buscar o Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra, em João Pessoa. No local ela será acolhida e receberá atendimento especial por uma equipe multidisciplinar, que envolve advogada, psicóloga e assistente social.

O Centro de Referência funciona de segunda à sexta, das 8h às 17h, na Rua Afonso Campos, nº 111, no Centro. O telefone para atendimento é 0800-283-3883.

Para denunciar qualquer tipo de crime contra a mulher, os canais são: 180 – Central de Atendimento à Mulher (nacional); 153 – Ronda Maria da Penha (municipal); 190 – Polícia Militar; e 197 – Polícia Civil.

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