A Reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) suspendeu o uso de ar-condicionado nos quatro campi da instituição, que funcionam em João Pessoa, Areia, Bananeira e Litoral Norte. A medida foi tomada, segundo a reitora Margareth Diniz, em virtude do contingenciamento de R$ 49,6 milhões do orçamento da instituição feito pelo Governo Federal.
O documento oficializando a suspensão foi enviado aos pró-reitores, diretores de Centros e diretores de Órgãos-Suplementares da UFPB na terça-feira (3). Os locais onde o uso de ar-condicionado é imprescindível, como laboratórios de pesquisa, espaços com equipamentos que demandam refrigeração e salas sem janelas, não foram afetados pela medida.
“Salientamos a importância da colaboração de todos para a redução do consumo de energia elétrica e orientamos manter a temperatura de aparelhos de ar-condicionado em 23°C quando houver necessidade de uso, com atenção aos horários de pico, como a partir das 17h”, informou a medida.
Além da suspensão do uso do ar-condicionado, a medida também pede o uso racional de iluminação nos ambientes da UFPB, orientando que se evite deixar luzes acesas durante o dia e que seja feito o desligamento das luzes quando estudantes ou professores deixem o recinto.
As medidas não atingem o Hospital Universitário Lauro Wanderley, já que a unidade é administrada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).
A suspensão do uso de ar-condicionado é mais um capítulo envolvendo o contingenciamento de verbas das universidades federais de todo o Brasil. Na UFPB, a situação atual vinha sendo alarmada desde maio pela Reitoria.
Na época, Margarerth Diniz afirmou que os cortes estavam sendo vistos “com extrema preocupação” e que várias atividades da instituição poderiam ser afetadas, como laboratórios, segurança, água e limpeza.
De lá para cá, os contingenciamentos foram temas discutidos em plenárias de professores e alunos e motivaram paralisações das atividades da UFPB.