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Unipê fecha parceria com Coordenadoria de Promoção LGBT para realização de exames

Homens trans e mulheres cisgênero lésbicas terão atendimentos e exames gratuitos na Clínica de Enfermagem do Unipê

O Unipê fechou uma parceria com a Coordenadoria de Promoção LGBT e Igualdade Racial de João Pessoa para ofertar gratuitamente exames citopatológicos para pessoas transexuais, em especial homens trans e mulheres cisgênero lésbicas. A ação ocorrerá no Complexo Laboratorial e Clínica-Escola Florence Nightingale (Colace), por meio do curso de Enfermagem, com o objetivo de ampliar e facilitar o acesso deste público aos serviços de saúde.

Os exames serão realizados sempre às quartas-feiras, nos turnos da manhã, das 7h50 às 11h10, e no período da noite, das 18h às 21h30. As pessoas que se encaixam em um dos perfis devem se dirigir ao Colace, no Unipê. Para agendar o exame, o usuário precisa comparecer à sede da Coordenadoria, no Parque Solon de Lucena, nº 216, no Centro da capital. Para mais informações, basta ligar para o telefone 3222-8853.

Nesse momento atuarão os estudantes do sétimo período do curso de Enfermagem. “Eles realizarão uma consulta de enfermagem, com foco nas necessidades de saúde da pessoa a ser atendida. Se for do desejo da usuária ou do usuário, será realizado a coleta de exame citopatológico e os encaminhamentos necessários para o cuidado individual e até familiar, dependendo do caso”, diz o Prof. Me. Madson Medeiros, de Enfermagem da Instituição.

Geraldo de Souza Leite Filho, que comanda a Coordenadoria de Promoção LGBT e Igualdade Racial da capital, celebrou a parceria firmada, que vai levar mais um serviço importante ao público trans. “Esta parceria é mais uma conquista da Coordenadoria em busca da cidadania das pessoas LGBTQIA+. Neste caso, especialmente dos homens transexuais e das mulheres lésbicas, que são vítimas de transfobia e lesbifobia no que tange a realização do exame citológico. Desta forma, com a parceria com o Unipê, conseguimos levar o serviço para essa população que é de extrema vulnerabilidade”, celebrou.

Madson diz que inicialmente a oferta do exame é destinada para mulheres cisgênero lésbicas e homens trans, mas as mulheres trans já podem ser atendidas no Colace. “Dentre os serviços que nós já oferecemos, há consulta de enfermagem, atendimento nutricional ou consultas feitas pelo curso de Medicina ou Programa de Residência Médica. Além disso, todas as clínicas do Unipê estão abertas a comunidade”, lembra o docente.

Importância da parceria

Segundo a Profa. Rozileide Martins, a parceria representa um grande passo para trabalhar as lacunas de acesso de cuidado à população LGBTGIA+, tendo em vista as necessidades desse público e os princípios do SUS. “Por outro lado, a vivência experienciada pelos alunos do curso de Enfermagem é ímpar e contribuirá para o desenvolvimento de competências e conhecimentos científicos, éticos e sociopolíticos destes futuros profissionais de saúde. Sobretudo, espera-se proporcionar maior qualidade de vida para essa população, com atendimento à saúde livre de discriminação e preconceitos”, frisa a docente.

Madson salienta que o curso já tem buscado realizar ações a fim de fomentar a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, por meio de Trabalhos de Conclusão de Curso, oficinas, palestras ou atendimentos pontuais na própria clínica. “Essa parceria irá fortalecer a formação do profissional da enfermagem, a partir de um olhar amplo e inclusivo”, conclui o membro do Núcleo Docente Estruturante do curso.

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