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Usuários criticam segurança nas rodoviárias

As rodoviárias de João Pessoa e de Campina Grande foram por muito tempo espaços duramente criticados pelos viajantes que utilizavam os dois terminais para se deslocaram pelo estado e pelo país. A realidade, no entanto, parece ter mudado. Isso é o que diz uma pesquisa divulgada pelo Governo do Estado. Para tirar a prova, a reportagem do Portal Correio e do Jornal Correio da Paraíba foram às duas rodoviárias ver as atuais condições dos locais e conversar com os usuários.

De acordo com a pesquisa realizada nos terminais rodoviários de João Pessoa e Campina Grande, ambas gerenciadas pela empresa Socicam, 400 usuários avaliaram os serviços de segurança, comunicação visual, qualidade do atendimento prestado pelos funcionários de cada terminal e das empresas prestadoras de serviços, material de higiene oferecido nos sanitários, equipamentos e preços cobrados.

Segundo a Secretaria de Comunicação do Estado, o pior item foi aprovado por 13% das pessoas, enquanto que o de melhor aprovação foi elogiado por 96% dos entrevistados. A Secretaria, no entanto, não especificou quais foram os piores e melhores pontos da análise dos usuários.

Em João Pessoa, a reportagem do Portal Correio foi até o terminal rodoviário Severino Camelo, da Capital, e checou a estrutura do local, além de conversar com alguns usuários que utilizam raramente ou costumeiramente o lugar para se deslocar para outras cidades.

O ponto mais criticado foi em relação aos preços das passagens. Morador de Santa Rita, na Grande João Pessoa, e frequentador assíduo da rodoviária da Capital, Everton Francis comentou sobre o tema. “Minha vida é viajar. Mas os preços daqui são muito altos. Para a gente que mora aqui mesmo os preços são muito altos. E na crise que a gente vive, não temos muitas condições para viajar”, analisou.

Outro ponto observado como negativo foi a segurança no terminal. De acordo com o estudante de música Giovani Sousa, apesar da boa estrutura oferecida, a sensação de insegurança paira sobre os usuários.

“Onde deixa um pouco a desejar é na questão da segurança, principalmente na área externa. De vez em quando acontecem assaltos ali e isso é uma coisa muito chata”, observou o estudante.

Apesar das críticas, tanto Everton como Giovani elogiaram bastante a estrutura física atual da rodoviária de João Pessoa. Quem também falou nesse tom foi a personal trainer Tiara Sousa. Ela, que utiliza bem pouco o terminal de João Pessoa, achou ótima a situação do local.

“Eu gostei. Aqui tem uma boa estrutura e que atende as necessidades. Como eu venho pouco aqui na Capital, eu tive uma boa impressão. É bem limpa, dá para perceber que tem uma boa acomodação”, avaliou.

Ainda de acordo com a pesquisa foi verificado que a maior parte dos usuários nas rodoviárias é constituída por pessoas de idades entre 16 e 30 anos, representando 38,40%, seguidos por pessoas 31,60% de pessoas de 31 a 45 anos.

Já viajantes de  45 a 60 anos representam 17,60%. De acordo com o grau de escolaridade, a maior parte dos entrevistados (39,20%) afirmou que concluiu ou está cursando algum curso de nível superior, seguido pelos que concluíram o ensino médio (38,80%), enquanto os que declararam ter estudado até o ensino fundamental representam 22%.

Usuários elogiam rodoviária de Campina

Quanto ao terminal rodoviário Argemiro de Figueiredo de Campina Grande, também gerenciado pela Socicam, passageiros elogiam a limpeza e organização da estrutura. No entanto, alguns ainda falam que a segurança, como em qualquer local da cidade, deixa a desejar.

Veja também: Campina Grande busca ações paralelas contra a violência

“Na verdade nem é culpa da empresa, a questão é que falta policial em toda parte. Infelizmente os fiscais daqui não têm arma, então por mais que eles deem conta dos menores, a gente fica com medo da violência”, disse a agricultora Maria do Socorro Ferreira, 67 anos, natural de Cacimba de Dentro.

Já a professora Dayane Nogueira, 26 anos, que mora em Serra Talhada, em Pernambuco, considerou o espaço tranquilo e extremamente limpo. “Achei a limpeza do terminal impecável, mas achei a estrutura um pouco pequena. O banheiro é pequeno. Além disso também senti falta de mais opções de alimentação”, disse.

Segundo o supervisor geral da Sosicam em Campina Grande, Eduardo Lima, depois que a empresa passou a administrar os dois principais terminais rodoviários do Estado, há quatro anos, muita coisa mudou.

“Em Campina Grande nós implantamos o sistema de câmeras, informatizamos o estacionamento e os embarques, adequamos um sistema de informações com telões distribuídos ao longo da estrutura lembrando horários e destino dos ônibus, entre outras melhorias”, afirmou Eduardo.

Apesar das inovações, o operador de máquinas Alexandre da Silva, 57 anos, sentiu falta do básico. “Tem os bebedouros, mas a água é quente. Água é o básico, e como toda empresa, eles fazem isso como estratégia pra que o cliente consuma”, disse Alexandre, natural de Malta, que mora há mais de 30 anos no Espírito Santo.

* Com Fernanda Figueirêdo, do Jornal Correio da Paraíba

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