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Veja perfis e planos dos concorrentes ao Governo da Paraíba registrados no TSE

Lista de concorrentes foi fechada nessa segunda-feira (15), com o encerramento do prazo de registro das candidaturas no TSE
Candidatos ao Governo da Paraíba em 2022 (Fotos: Divulgação/Montagem: Portal Correio)

A Paraíba tem oito candidatos ao Governo do Estado nas Eleições 2022. A lista de concorrentes foi fechada nessa segunda-feira (15), prazo final para registros no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A votação acontece no dia 2 de outubro. Caso haja necessidade de 2º turno, os eleitores voltam às urnas em 30 de outubro.

O que mudou

Desde o último levantamento realizado pelo Portal Correio, em março, ocorreram algumas mudanças na pré-campanha: a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) saiu da briga, retomando a aliança com João Azevêdo (PSB) e declarando apoio à reeleição do governador, enquanto Major Fábio (PRTB) embarcou na corrida eleitoral. O motorista de ônibus Antônio Nascimento (PSTU) e o comerciante Adriano Trajano também entraram na disputa.

No início do ano, Luciano Cartaxo (PT) e Cabo Gilberto (PSL) também se apresentavam como opções ao Governo do Estado, mas as intenções só duraram até a primeira quinzena de fevereiro.

O ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, acatou decisão do Partido dos Trabalhadores, que apoiará a campanha do MDB, encabeçada por Veneziano Vital do Rêgo, e anunciou que concorrerá a deputado estadual. Já o deputado estadual Cabo Gilberto decidiu se aliar à campanha de Nilvan Ferreira (PTB).

Convenções

A primeira convenção no estado foi a do PSTU, que formalizou o nome de Antônio Nascimento em 23 de julho. Major Fábio e Adjany Simplicio (PSOL) também realizaram convenções ainda no mês de julho, nos dias 28 e 30, respectivamente.

Em 1º de agosto, uma convenção em Campina Grande confirmou Pedro Cunha Lima como representante do PSDB na disputa. Adriano Trajano foi formalizado pelo PCO em 3 de agosto. João Azevêdo, Veneziano Vital do Rêgo e Nilvan Ferreira oficializaram suas chapas em convenções em 5 de agosto, último dia do prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral.

Próximos passos

Com o recebimento dos pedidos de registros, as solicitações de candidaturas serão publicadas pelo tribunal. Em seguida, é aberto um prazo de cinco dias para que candidatos e partidos adversários e o Ministério Público Eleitoral (MPE) possam impugnar os pedidos.

O próximo passo será o julgamento do registro pelo ministro que foi sorteado para relatar o processo, que deverá ser julgado até 12 de setembro.

Adjany Simplicio (PSOL)

Adjany Simplicio (Foto: Divulgação)

Adjany Simplicio, natural do Rio Grande do Norte, é pedagoga. Especialista em Educação em Direitos Humanos, ela atua como professora da Educação Básica desde 2007, quando iniciou militância pelo ensino público de qualidade.

Adjany Simplicio foi candidata a vice-governadora em 2018 e a vereadora de João Pessoa em 2020. Atualmente, ocupa a presidência do Diretório Estadual do PSOL, partido ao qual é filiada desde 2016.

A candidata do PSOL defende maior presença de mulheres em cargos políticos e de liderança e a construção de políticas públicas que promovam equidade e justiça social para elas. Adjany Simplício também tem como foco o avanço no combate a violência e violações dos direitos da população negra e LGBTQIA+.

A professora aponta, ainda, as áreas de Educação e Cultura como prioridades em um eventual governo.

“Construo um partido que acredita na educação como uma via importante de construção de cidadania e de uma cultura de tolerância e de reflexão política como base para uma plataforma de revolução social em que a população possa atuar de forma mais direta na construção de horizontes dignos”, diz.

Adriano Trajano (PCO)

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Adriano Trajano (Foto: Reprodução/Instagram)

Adriano Trajano da Conceição é natural de Campina Grande e tem 49 anos. Ele é comerciante, com ensino fundamental completo.

A primeira vez que participou das eleições foi em 2020, pelo mesmo partido, tentando uma vaga de vereador na Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG), mas não foi eleito.

Trajano defende a união da classe operária, estabilidade dos servidores públicos, revogação de reformas implementadas por governos anteriores e políticas sociais e econômicas baseadas no socialismo.

Antônio Nascimento (PSTU)

Antônio Nascimento (Foto: Divulgação)

O rodoviário Antônio Nascimento é o candidato do PSTU para o Governo da Paraíba. Ele foi anunciado em conveção do partido realizada no dia 23 de julho. A definição de que a chapa seria ‘puro sangue’ ocorreu em uma plenária do partido no dia 18 de maio.

Nascimento tem 47 anos, nasceu em Belém, no Brejo Paraibano, e está em João Pessoa há 25 anos. Casado com três filhos, ele atuou em várias áreas e se firmou na categoria dos rodoviários. Formou-se em Biblioteconomia.

É uma liderança da oposição rodoviária da Paraíba que busca garantir os direitos da categoria. Ele atua na construção da CSP-Conlutas com a oposição rodoviária do estado e o coletivo dos trabalhadores do transporte em todo o país.

Antônio compõe o Polo Socialista Revolucionário, que, segundo o PSTU, faz oposição a Jair Bolsonaro e também a opositores do presidente que não divergem do sistema político atual.

João Azevêdo (PSB)

João Azevêdo, Governador
João Azevêdo (Foto: Reprodução/TV Correio)

João Azevêdo Lins Filho, natural de João Pessoa, é engenheiro civil e professor aposentado do Instituto Federal da Paraíba (IFPB). Atual governador da Paraíba, ele foi eleito em 2018 no 1º turno, com mais de 1,1 milhão de votos, o que representou 58,18% dos votos válidos. Na época, ele era filiado ao PSB, partido do então governador Ricardo Coutinho.

João e Ricardo romperam politicamente devido à Operação Calvário e o novo chefe do Executivo estadual migrou para o Cidadania no fim de janeiro de 2020. Poucos meses após a ida de Ricardo Coutinho para o Partido dos Trabalhadores (PT), João Azevêdo anunciou retorno ao PSB.

João Azevêdo falou que, no eventual segundo mandato, resolverá pendências e destacou que uma delas é com o setor de segurança pública. Ele citou a proposta de reajuste que fez à categoria e lembrou o cumprimento de planejamentos da campanha de 2018 com outras categorias como a Defensoria Pública.

João Azevêdo falou também sobre os desafios da pandemia e as melhorias no sistema de saúde no período. “Se tem algum legado bom que a pandemia deixou foi a infraestrutura hospitalar que nós conseguimos ampliar por todo o estado”.

Major Fábio (PRTB)

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Ex-deputado Major Fábio (Foto: Diógenis Santos / Agência Câmara)

Fábio Rodrigues de Oliveira, natural de Recife, Pernambuco, é major reformado da Polícia Militar da Paraíba. Ingressou na política em 2006, quando concorreu a deputado federal pelo Partido da Frente Liberal (PFL) — atual Democratas (DEM). Ficou na suplência e assumiu o mandato por duas vezes em 2008. A primeira, entre março e junho, em razão da renúncia de Ronaldo Cunha Lima e da licença de Gômulo Gouveia. Depois, em dezembro, assumiu definitivamente o cargo, devido à cassação de Walter Brito Neto (PRB).

Em 2010, tentou a reeleição pelo DEM, mas novamente ficou na suplência. Em julho de 2012, assumiu a cadeira deixada por Romero Rodrigues (PSDB) — licenciado para disputar as Eleições Municipais de Campina Grande — e permaneceu no cargo até o fim da legislatura. Na Câmara Federal, atuou nas Comissões Permanentes de Relações Exteriores e da Defesa Nacional; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Educação.

Em 2014, major Fábio foi candidato ao Governo da Paraíba pelo PROS, e, em 2018, a deputado federal pelo Progressistas. Ambas as campanhas não tiveram êxito. Ele retorna ao cenário político em 2022 com a promessa de um mandato voltado para diminuição dos índices de criminalidade; interiorização da Saúde; modernização do Estado; desburocratização e valorização salarial no serviço público; educação bilíngue, integral e tecnológica; redução da carga tributária; e fomento ao empreendedorismo e uso de energias renováveis.

Nilvan Ferreira (PL)

Nilvan Ferreira
Nilvan Ferreira (Foto: Divulgação)

Nilvan Ferreira do Nascimento, natural de Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, é radialista e apresentador de TV. Foi engraxate, músico e participou do movimento estudantil. Mudou-se em 2008 para João Pessoa, onde conquistou popularidade.

Nilvan fez sua estreia na política nas Eleições 2020, quando concorreu ao cargo de prefeito da Capital pelo MDB. Alcançou o 2º turno, mas acabou perdendo a disputa para Cícero Lucena (PP). Nilvan Ferreira deixou o MDB e chegou a assumir a presidência estadual do PTB, mas, no fim de março deste ano, optou por migrar para o PL.

Nilvan definiu a saúde, recuperação econômica e segurança pública como os principais eixos de uma possível gestão dele à frente do Governo. Ele também citou a necessidade de recuperação salarial das forças policiais e tratou sobre economia:

“Precisamos sair de um estado de letargia. A Paraíba precisa deixar de ser um dos estados que mais cobram impostos. Temos que fazer uma discussão sobre redução da carga tributária”.

O comunicador também defendeu o que chamou de mudança de ciclo no governo. Ele disse que a Paraíba está há 12 anos sob domínio de um mesmo grupo político e apontou a necessidade de um novo estilo de governança do Estado.

Pedro Cunha Lima (PSDB)

Agenda para Desenvolvimento Social
Pedro Cunha Lima (Foto: Divulgação)

Pedro Oliveira Cunha Lima, natural de Campina Grande, no Agreste do estado, é advogado. Membro de uma das famílias mais tradicionais da política paraibana, ele foi eleito pela primeira vez em 2014, como deputado federal. Em 2018, conquistou o segundo mandato legislativo.

Inicialmente, a expectativa do PSDB era de que o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, representasse a chapa majoritária, mas o gestor acabou declinando do convite e ‘obrigando’ Pedro Cunha Lima a assumir a missão.

Pedro defende o fim de privilégios para o cargo de governador e considera “bizarro” o orçamento de mais de R$ 300 milhões para Assembleia Legislativa. Ele comparou o orçamento da ALPB com o da Universidade Estadual da Paraíba e da Polícia Militar e disse que a defesa dos gastos com os deputados não se sustenta. Ele acredita que pode convencer parlamentares e candidatos ao Legislativo a dar um ‘reset’ na máquina pública.

Pedro ressaltou que faz parte de uma nova geração e que tem olhar sobre a política totalmente diferente do que tinha o avô, Ronaldo Cunha Lima, e o pai, Cássio. “Já quebrei o retrovisor. Tenho admiração da história de Ronaldo e de Cássio, mas todas as vezes que alguém puxar esse debate é porque não quer discutir situações atuais como os gastos com a Granja Santana”.

Veneziano Vital do Rêgo (MDB)

Veneziano
Veneziano Vital do Rêgo (Foto: Divulgação)

Veneziano Vital do Rêgo Segundo Neto, natural de Campina Grande, é advogado. Atual senador, ele ingressou na carreira política em 1992, como candidato a vereador pelo PST, mas só foi eleito no pleito seguinte, em 1996, pelo PDT.

Em 2000, foi reeleito para a Câmara. Quatro anos depois, no MDB, derrotou Rômulo Gouveia no 2º turno e tornou-se prefeito de Campina Grande. Veneziano foi reeleito gestor municipal em 2008. Em 2014, foi o segundo político mais votado da Paraíba para o cargo de deputado federal e, em 2018, pelo PSB, foi eleito senador para mandato com validade até 2026.

Veneziano retornou ao MDB no ano passado, assumindo a presidência estadual do partido. Para as Eleições 2022, ele terá apoio do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), que disputará vaga no Senado, e do ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, candidato a deputado estadual.

Veneziano Vital do Rêgo disse que, em um eventual mandato de governador, trabalharia para tornar a Paraíba mais competitiva, buscando investimentos para tirar o estado da antepenúltima posição no ranking do Produto Interno Bruto (PIB). Ele também citou como prioridades a segurança hídrica, segurança pública e a construção de um Hospital de Emergência e Trauma no Sertão. “Farei também o que sempre fiz: ouvir sugestões para dar alternativas aos paraibanos”.

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