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Vídeo mostra prisão de Leto Viana em Cabedelo

Um vídeo obtido pelo Portal Correio mostra o momento em que a Polícia Federal entra na casa do prefeito de Cabedelo, Leto Viana (PRP), e da esposa dele, que é vereadora da cidade e presidente da Câmara, Jacqueline Monteiro. A prisão ocorreu na manhã desta terça-feira (3), durante a operação Xeque-Mate, da PF com o Ministério Público da Paraíba.

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Nas imagens, feitas por testemunhas por cima do muro da casa, mostram o prefeito de camisa branca, bermuda e sandália, andando pelo terraço, enquanto os policiais federais fazem a abordagem. O prefeito Leto Viana não aparece algemado.

Em outro vídeo obtido pelo Portal Correio, os vereadores que restaram na Câmara e não foram alvos das investigações aparecem discutindo como ficará a situação da prefeitura e da Câmara após a investigação.

A Polícia Federal divulgou que a Justiça decretou o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos, entre eles o prefeito e o vice-prefeito de Cabedelo e o presidente da Câmara Municipal. Ao todo, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de prisão preventivas, 15 sequestros de imóveis e 36 de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. Cerca de 200 policiais federais participaram da operação.

Foram presos na Operação Xeque-Mate: o prefeito Leto Viana; o presidente da Câmara Lúcio José; os vereadores Jacqueline Monteiro, esposa do prefeito, Tércio Dornelas, Júnior Datele e Antônio do Vale; uma prima de Leto, Leila Viana, que atua na Secretaria de Finanças do Município; Inaldo Figueiredo, da comissão que analisa imóveis que podem ser comprados pela prefeitura; Marcos Antônio Silva dos Santos; Gleuryston Vasconcelos Bezerra Filho; e Adeildo Bezerra Duarte.

A Polícia Federal informou que investigações comprovaram a participação das principais autoridades públicas do município em esquema que teria os ajudado a conquistar patrimônios muito acima do condizente com suas rendas. “Somente na aquisição de imóveis nos últimos cinco anos, verificou-se que um agente político envolvido no esquema movimentou mais de R$ 10 milhões à margem do sistema financeiro oficial”, divulgou a PF.

Também foram detectados funcionários fantasmas da prefeitura e da Câmara Municipal que recebiam salários de até R$ 20.000 e entregavam a maior parte para as autoridades locais, ficando de fato com valores residuais. As investigações ainda constataram doações fraudulentas de imóveis do patrimônio público municipal, bem localizados e de alto valor, para empresários locais sem que houvesse critérios objetivos para a escolha do beneficiado.

Os envolvidos responderão por formação de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude licitatória. O prefeito responderá ainda por crime de responsabilidade de prefeito.

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