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Wallber Virgolino foca na segurança pública e apoia Bolsonaro

Segundo deputado estadual mais votado da Paraíba, Wallber Virgolino (Patriotas) declarou ao Portal Correio, nesta terça-feira (16), apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e disse que vai priorizar a segurança pública em seu mandato. O delegado foi eleito com cerca de 48 mil votos no último dia 7 de outubro. Assista ao vídeo acima.

“Votei no primeiro e vou votar no segundo. Ele tem muitos defeitos, mas o Brasil precisa de saúde, segurança e, principalmente, moralidade. Ele representa isso. O PT teve a chance dele. A gente precisa mudar. Mas quem vai fazer isso e tem que decidir é o povo. Se não der certo vai tirando. Se eu não der certo, tem que tirar também”, declarou o delegado sobre o presidenciável Bolsonaro.

Em entrevista ao programa Correio Debate, na rádio 98 FM, Wallber falou sobre a campanha, a oposição e outros temas. Confira abaixo.

Campanha

“Foi difícil. Foi uma campanha desacreditada. Não por mim, mas pelos políticos. Nós tivemos estratégias, traçadas desde um ano antes. A campanha ocorreu dentro do esperado, nós cumprimos etapas. Os políticos não acreditaram em mim e isso facilitou o meu trabalho, porque me esqueceram e não monitoraram o que eu fiz. Eu escutava que a polícia não ia se unir, mas tanto a PM quanto a civil se uniram e se focou. Os agentes, os vigilantes e toda a classe da segurança entenderam a importância de um representante lá dentro. Contei com o apoio do pessoal da vaquejada também, e os votos se multiplicaram”.

Custo

“Eu não gastei nem R$ 100 mil. E só gastei isso porque tudo tem custo. Se você for orçar material de mídia, gasolina para percorrer o estado, alimentação… A gente vai prestar contas ainda, mas praticamente não gastei nada. O povo entendeu a mensagem, a segurança se uniu e a minha campanha foi limpa”.

Oposição (Governo)

“Eu ganhei o mandato porque tenho uma postura firme e independente. Se eles serem harmônicos, vamos manter uma relação harmônica. Governador não manda em deputado. Tem que ter independência. E vou permanecer íntegro, lutando pelo que acredito ser melhor para os paraibanos. Não tenho problema em manter contato com João Azevêdo. Eu não sou uma oposição raivosa. Vou respeitar, mas espero que respeitem a minha independência. Essa é a palavra-chave. Se for pra conversar eu vou toda hora. Estamos aí pra contribuir para a sociedade. Essa conversa não quer dizer que estou do lado de um ou de outro. É com o diálogo que se chega ao denominador comum, não só a segurança”.

Segurança Pública

“João Azevêdo, assim que assumir, tem que trocar a cúpula da segurança publica. A principal decadência do governo de Ricardo foi a segurança, porque nunca foi uma equipe profissional. Quem ocupa os cargos é amigo do governo. Esqueceram o ‘combate ao crime’ para amansar e agradar aos amigos. Tem que aumentar o salário da polícia. A autoestima dos policiais estão lá embaixo. Se não mandarmos uma mensagem positiva assim que assumirmos o mandato, eles vão continuar sem motivação. Como eu disse, o estado não está combatendo o crime, não faz frente ao crime organizado”, opinou o delegado.

Wallber continuou. “Não há profissionalismo, não são gestores, mas agrado político. E enquanto eles brigam, enquanto eles estão preocupados em se agradar, os criminosos crescem. Nós estamos regredindo. Eu só vejo piora. A Secretaria de Segurança vai esperar os bandidos estourarem todos os bancos do estado pra fazer algo? O clima na política hoje é de revanche. Há briga dentro das delegacias, dentro dos batalhões, porque dentro deles existe a polícia do governo e a polícia que não é do governo. Quem gosta de Ricardo fica, quem não gosta é demitido. Isso não pode ficar assim. João vai ter que rever tudo isso”.

Delegacias sem comunicação

“Não tem comunicação. A prova disso tudo é o estouro a banco. Estoura em Sapé, em Mari, e não chega a informação. Não é uma gestão profissional, é uma gestão pra dar satisfação a sociedade. Como faz segurança pública sem mudança? Tem que ter seriedade, trabalhar e valorizar os policiais”.

Invasão no PB1

“Volto mais uma vez a falta de estratégia da polícia. Não se combate o crime com viatura bonita na rua, mas com inteligência. A falha não foi só da segurança pública, mas da secretaria, do Ministério Federal… O ataque é sinal de que os presídios não estão sendo monitorados. O problema é que o governo foca em prender político, porque isso dá mais ibope do que prender criminoso. Os bandidos passaram cerca de 40 minutos na ação, fizeram tudo aquilo e ninguém impediu a ação. Ninguém reagiu. Falta um trabalho de inteligência”.

Presidente da Assembleia Legislativa

“Tem que escolher um presidente que tenha postura, que garanta a independência da Assembleia, principalmente que priorize primeiro lá, depois o governo. O presidente precisa ter um lado, mas precisa dar garantia de que o governador não vai mandar. Eu já conversei com Adriano Galdino, Ricardo Barbosa, Edmilson, Tião, Genival… Eu não exigi nada, eu apenas escutei todos eles. Não acertei nada. Escutei propostas e estou estudando”.

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