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98 FM: Wallber trava embate com Cida ao fazer acusações contra governo e pedir impeachment de João

Deputados trocaram farpas nesta terça-feira (18). Apuração é do programa Correio Debate, da Rede Correio Sat
Cida Ramos e Wallber Virgolino (Foto: Reprodução)

Os deputados estaduais Cida Ramos (PT) e Wallber Virgolino (PL) trocaram farpas nesta terça-feira (18) sobre o pedido apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o senador Sergio Moro (União) seja preso e perca o mandato. A recomendação foi emitida após o ex-juiz acusar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de vender habeas corpus. Moro foi denunciado por calúnia.

“Eu defendo o estado democrático de direito e defendo que se uma pessoa comete alguma arbitrariedade ela deve ser punida. Eu tenho certeza que Sergio Moro cometeu várias, então que ele responda pelo o que fez”, disse Cida Ramos, ao programa Correio Debate, da Rede Correio Sat.

“Vejo esse assunto com bastante perplexidade. Se Moro cometeu crime, foi crime contra honra. Geralmente, os crimes contra honra são crimes de menor potencial ofensivo, jamais poderia ensejar pedido de prisão. Eu acho um exagero, um precedente perigoso”, rebateu Wallber Virgolino, também à Rede Correio Sat.

Impeachment de João Azevêdo

Wallber Virgolino falou, ainda, que irá protocolar na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) um pedido de impeachment do governador João Azevêdo (PSB).

O deputado acusou a administração de dar apoio logístico a um ato público do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) ocorrido nessa segunda-feira (17).

Segundo ele, uma escola integral no bairro Costa e Silva suspendeu as aulas para que manifestantes pernoitassem no local. Wallber também disse que manifestantes foram vistos dentro de um veículo do Governo do Estado ligado ao Orçamento Democrático. Para ele, as supostas condutas caracterizam improbidade administrativa.

“Eu farei esse pedido de impeachment, já sabendo que não vai prosperar porque infelizmente o governo tem maioria aqui na Casa. Mas minha parte eu vou fazer”, disse Wallber, acrescentando que não acredita nem mesmo no apoio de todos os deputados da oposição.

Cida Ramos confrontou Wallber Virgolino e disse que o deputado não compreendeu a manifestação realizada pelo MTST. Ela citou o suposto envolvimento do parlamentar com os ataques aos Três Poderes e disse que o ato do MTST foi pacífico, em memória dos 21 mortos em 1926 em Eldorado do Carajás.

“Todo mundo tem direito de lutar por um pedaço de terra. Cabe às instituições fazer a desapropriação, o processo legal. As pessoas estavam lutando pelo direito à semente, a políticas públicas para agricultores familiares, pelo direito à terra. Era isso que estava sendo discutido”, cravou Cida Ramos.

Governo se posiciona

Em nota enviada ao Portal Correio, a Secretaria de Estado da Educação (SEE-PB) afirmou que os integrantes do MTST pediram, através de ofício, para pernoitar entre domingo (16) e segunda-feira (17) no ginásio da escola.

Segundo a Secretaria, “o processo seguiu o trâmite normal, que pode ser realizado por qualquer entidade da sociedade civil”.

A SEE-PB ainda esclareceu que não houve suspensão das aulas e que os manifestantes se retiraram das instalações da escola antes do início do horário letivo, às 7h.

A reportagem do Portal Correio entrou em contato com a Secretaria de Executiva do Orçamento Democrático Estadual para se manifestar sobre a declaração do deputado Wallber Virgolino, mas até a publicação desta matéria, não obteve resposta.

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