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Caso Anielle Teixeira: Justiça marca julgamento de réu para 6 de fevereiro

Menina de 11 anos sumiu de um quiosque na Praia do Cabo Branco no dia 5 de setembro e foi achada morta três dias depois, em matagal no Miramar
Anielle Teixeira tinha 11 anos — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A Justiça da Paraíba marcou para 6 de fevereiro o júri popular de José Alex da Silva, acusado de estuprar e matar a menina Anielle Teixeira, em setembro de 2021. O julgamento acontecerá no Fórum Criminal de João Pessoa, a partir das 9h.

Anielle Teixeira, de 11 anos, sumiu de um quiosque na Praia do Cabo Branco, em João Pessoa, no dia 5 de setembro. Ela passava a noite no local com a mãe e a irmã mais nova. Câmeras de segurança registraram um homem conversando com a criança às 4h37. Esse foi o último registro da criança com vida.

O corpo da menina foi achado na madrugada do dia 8 de setembro, em uma mata às margens do Rio Jaguaribe, no bairro Miramar. Ela estava sem a parte de baixo das roupas, o que levantou a suspeita de violência sexual. A análise preliminar do cadáver também apontou indícios de esganadura.

O suspeito de cometer o crime, José Alex da Silva, de 35 anos, foi localizado e preso na tarde do dia 8 de setembro, na cidade de Ferreiros, Pernambuco, horas após a polícia encontrar o corpo. Em depoimento à Polícia Civil da Paraíba, ele confessou ter matado a menina, mas negou o estupro. Ele não explicou, no entanto, por que o corpo de Anielle estava sem parte das vestimentas.

José Alex da Silva foi preso pela Polícia Militar de Pernambuco (Foto: Divulgação)

José Alex da Silva alegou que estava sob efeito de drogas no momento do crime. Ele disse que ficou com raiva de Anielle depois que ela saiu em sua bicicleta sem pedir permissão. Ao encontrá-la, teria se descontrolado e levado a menina para o matagal. Lá, teria estrangulado a criança.

A versão de José Alex não convenceu a Polícia Civil. A forma como corpo foi encontrado sugeria que Anielle Teixeira havia sido vítima de violência sexual, logo, para os investigadores, teria sido essa a intenção de José Alex ao levar a criança para o matagal.

Um dia após confessar o crime, o suspeito mudou sua versão sobre o caso. Durante audiência de custódia, ele disse que foi agredido por policiais militares de Pernambuco. Segundo o advogado de defesa, Daniel Alisson, a confissão de José Alex à Polícia Civil ocorreu sob tortura. Em nota à produção da TV Correio, a PMPE negou ter cometido qualquer tipo de violência contra o suspeito.

Mesmo com a nova versão de José Alex, a juíza Andreia Carla Mendes Nunes Galdino decidiu manter a prisão preventiva e determinou que ele fosse transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1).

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