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CG não terá ônibus neste domingo e prefeitura fica em estado de alerta

Campina Grande, segunda maior cidade da Paraíba, a 130 km de João Pessoa, entrou nessa sexta-feira (25) em estado de alerta por causa da greve de caminhoneiros, que está provocando desabastecimento e colapso em serviços. O prefeito Romero Rodrigues (PSDB), gravou um vídeo para orientar a população sobre o problema. Assista acima.

Em um minuto e meio, Romero diz que a frota de ônibus opera com 50% da capacidade neste sábado (26) e não vai funcionar de forma integral neste domingo (27). Ele pediu para que a população não coloque lixo na rua na segunda-feira (28), porque a coleta já vai ser suspensa, se a greve dos caminhoneiros não acabar. Ele disse ainda que na segunda-feira (28), é possível que os ônibus voltem a circular, com operação de 50% da frota, mas somente se houver condições.

Campina foi a primeira cidade do estado a ficar totalmente sem combustíveis nessa semana. A cidade também enfrentou redução gradativa da frota de ônibus e está com o serviço de coleta de lixo prejudicado.

Ao longo da semana, a Secretaria de Educação emitiu comunicado para que servidores da educação apenas comparecessem ao trabalho se tivessem condições de deslocamento. A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) decretou ponto facultativo.

Campina tem 405 mil habitantes e é um pólo industrial e tecnológico importante no Nordeste. A cidade é mais uma a sofrer com os problemas em cadeia desencadeados pela greve dos caminhoneiros, que já chega ao sexto dia em quase todo o Brasil. Apesar de um acordo proposto pelo governo federal ao longo da semana, a categoria permanece paralisada, fechando parcialmente 18 trechos de rodovias federais no estado.

Em toda a Paraíba, a escassez de combustíveis alcança cerca de 80% dos postos do estado e já falta gás de cozinha. Em reunião na semana, Polícia Militar, Companhia Docas, do Porto de Cabedelo, e o Sindicato dos Condutores e Empregados em Empresas de Transporte de Combustíveis Produtos Perigosos e Derivados de Petróleo no Estado da Paraíba (Sindconpetro) se comprometeram para que sejam mantidos em circulação 30% dos caminhões com combustíveis.

Nessa sexta, uma liminar emitida pelo juiz Antônio Silveira, de Cabedelo, obriga os caminhoneiros a fazer o abastecimento, sob pena de multa diária de R$ 10 mil e o governo federal autorizou o Exército a intervir para por fim à greve. Também nessa sexta, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu determinar o desbloqueio das rodovias do país que foram paralisadas pelo movimento nacional de caminhoneiros. O ministro atendeu a um pedido liminar feito no início da tarde pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Com a decisão, também fica autorizado o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Força Nacional e das polícias militares dos estados para efetivar a medida, inclusive, com a desobstrução dos acostamentos. Em caso de descumprimento, deverá ser aplicada multa de R$ 100 mil por hora às associações da categoria.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) orientou que a greve termine, mas como ela não representa toda a categoria que está envolvida nas manifestações, as paralisações continuam. Na Paraíba, o presidente do Sindicato dos Condutores e Empregados em Empresas de Transporte de Combustíveis Produtos Perigosos e Derivados de Petróleo no Estado da Paraíba (Sindconpetro-PB), Hermerson Galdino, disse que não há previsão para interrupção da greve.

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