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CNT rebate Petrobras e classifica política adotada como desastrosa

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) enviou nota onde diz que a Petrobras não está falando a verdade quando alega que “os combustíveis derivados de petróleo são commodities e têm seus preços atrelados aos mercados internacionais, cujas cotações variam diariamente, para cima e para baixo”. De acordo com a CNT, a medida adotada pela empresa é desproporcional.

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“Carga tributária e preços internacionais para óleo diesel não podem sufocar os transportadores. A política de preços adotada pela Petrobras em suas refinarias, que acompanha a alta das cotações internacionais do petróleo, é uma medida desproporcional, pois ela tem custos internos e não internacionais”, diz a nota.

Ainda segundo a Confederação, a política de preços de combustível deve considerar as condições econômicas do Brasil. Eles fazem uma comparação com países como os Estados Unidos, onde o preço do combustível é menor e o salário da população bem maior.

“Em comparação a outros países que possuem perfil similar ao desenvolvimento econômico brasileiro, como Rússia e México, o preço do óleo diesel no Brasil é superior. O óleo diesel cobrado no Brasil é, em média, 15% superior ao cobrado nos Estados Unidos, sendo que a renda média neste país é 6 vezes maior que a do brasileiro”.

A CNT chama a política adotada pela Petrobrás de equivocada e desastrosa e alega que ela prejudica a todos, mas os prejuízos são mais fortes no setor transportador. “Esta política equivocada e desastrosa não poderia ter sido implantada em pior momento para o setor transportador, que ainda luta para superar as perdas da forte recessão econômica. Os sucessivos aumentos do óleo diesel comprometem com mais intensidade o transporte rodoviário, que responde pelo tráfego de 90% dos passageiros e por mais de 60% da movimentação de bens e produtos no Brasil”.

Para a Confederação, a retirada dos impostos no valor do diesel não muda em nada realidade da cobrança nos preços dos combustíveis. “A solução apresentada, até o momento pelo governo, em nada contribuirá para garantir as condições mínimas de operação do transporte rodoviário de cargas e passageiros no país. A retirada da CIDE sobre o óleo diesel terá impacto irrisório no preço final do combustível”.

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