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Prefeito de Patos teria negociado propina, diz MPPB

O promotor do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), Romualdo Tadeu, revelou, nesta quinta-feira (2), que o prefeito de Patos, Dinaldinho Wanderley, atuava diretamente no suposto esquema instalado na prefeitura da cidade para o pagamento de propina e fraudes na administração pública local, que está sendo investigado pela Operação Cidade Luz.

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Segundo Romualdo Tadeu, o acerto entre o gestor e a empresa Enertec teria sido feito ainda durante as eleições de 2016, quando houve o compromisso de pagamento de caixa dois para a campanha do tucano. Como recompensa pela ajuda, a empresa teria um contrato com a prefeitura.

Romualdo explicou que foram pagos R$ 180 mil a título de propina, e que a empresa teria lucrado algo em torno de R$ 700 mil por meio do contrato feito com a prefeitura. De acordo com o promotor, o grupo político comandado pelo prefeito Dinaldinho recebia 5% de todas as medições feitas pela empresa para o serviço contratado.

Outro indício de irregularidade apontado na investigação foi a doação de R$ 100 mil pela empresa à prefeitura para investimentos no São João do ano passado.

Ao todo, a operação cumpriu 14 mandados de busca e apreensão, um deles na casa de Gustavo Wanderley, irmão de Dinaldinho. Outro mandado foi cumprido na casa de um secretário municipal, onde a polícia encontrou uma arma.

*Com Cícero Araújo, de Patos

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