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Gramame pode ter mais mortes de peixes, diz pesquisadora

A professora e pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Cristina Crispim, alertou que o Rio Gramame, na Grande João Pessoa, pode registrar novos casos de mortes de animais. Segundo ela, a taxa de mortandade deve aumentar caso os restos mortais dos peixes encontrados logo após o despejo de soda cáustica não sejam recolhidos.

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Em reunião entre pescadores e ambientalistas na última sexta-feira (16), Cristina explica que o material em decomposição faz com que o nível de oxigênio no rio caia, impossibilitando a respiração de peixes e outros animais que não haviam sido afetados pelo produto tóxico.

“Uma ação prejudicial já aconteceu. Foi despejada soda cáustica no rio, os animais morreram. Isso [a soda cáustica] o rio vai levando, o rio tem uma capacidade de regeneração. Mas todos esses organismos que morreram vão decompor, então essa decomposição vai trazer danos ao rio. O que vai acontecer? Vai faltar oxigênio porque as bactérias vão consumir o oxigênio. Então, é possível que ainda haja novos casos de mortalidade. O que pode ser feito pelos órgãos responsáveis pela gestão do rio? Tirar esse material que está putrefação”, avaliou Cristina Crispim.

De acordo com a pesquisadora, alguns estudos indicaram que já está faltando oxigênio no Rio Gramame. Ela se colocou à disposição dos órgãos públicos para ajudar na recuperação do rio. Cristina Crispim comentou que ela e sua equipe da UFPB já trabalharam na restauração do Rio do Cabelo, em Cabedelo, e obtiveram bons resultados.

O Portal Correio tentou contato com a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) para saber se existe planejamento para uma ação similar à sugerida pela pesquisadora Cristina Crispim, mas as ligações não foram atendidas.

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