O candidato a senador pelo MDB, Roberto Paulino, foi o terceiro a ser sabatinado no programa Correio Debate, da 98 FM/Correio Sat. Durante a entrevista, o emedebista lamentou que o presidente Michel Temer seja integrante do partido e revelou algumas ‘cantadas’ do Governo Federal para que ele assumisse uma diretoria. Paulino afirmou que se recusou a ser parte desse governo.
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Cantadas do governo. “Não sou político radical, mas sou homem de posição. Infelizmente, eu lamento muito ele (Temer) ser do meu partido. Esse governo tomou atitudes que não condizem com a história do MDB. Eu quero resgatar a dignidade do político paraibano lá no Congresso. Lá eu não vou envergonhar a Paraíba, meu nome não vai estar em página policial e nem em Lava jato, vou ter independência. Esse governo mandou me oferecer diretorias, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, eu não quis. Meus amigos mandavam meu currículo e eu mandava buscar de volta, porque talvez eu tivesse que fazer coisas que eu não faria e ia pedir demissão. Eu preferi não assumir cargos e ter autoridade”.
Descrença com a política. “As pessoas dizem que vão votar em mim porque sou ficha limpa. se fosse para concorrer em termos de estrutura eu não tinha chance nenhuma, a diferença é que, na Paraíba, tem 50% de eleitores indecisos que não quer votar. Algumas pessoas disseram: Roberto eu não ia votar para o Senado, mas em você eu voto. Isso é para a gente fazer um comparativo. O eleitor tem a chance de votar uma pessoa experiente, ficha limpa. Às vezes aparece quem promete coisas que não pode fazer, mas o eleitor é bem informado”.
Reforma da Previdência. “O Brasil precisa de ajustes, de reformas, e eu acho que vai acontecer. Qualquer governante vai ter que promover as reformas, mas como aconteceu nesse governo foram coisas que vieram de guela abaixo, não houve discussão com a população. Esse Congresso que está aí não tem muita autoridade, nem todos têm como propor reformas, porque são pessoas que não estão preocupadas com o interesse da comunidade. Precisamos ouvir sindicatos, empresários, trabalhadores e a sociedade, porque não podemos tirar direitos, porque no final só sobra para o pobre e aqueles mais ricos ficam aí e não são atingidos. Precisamos sim fazer reformas, mas lá no Congresso vou dizer o que é sim e o que é não”.
Reforma do Código Penal. “É um assunto que temos que resolver porque esse Código é de 1940 e precisamos ajustar a realidade. A sociedade evoluiu de todas as maneiras e tem assuntos polêmicos, inclusive da maioridade penal, e nós vamos discuti-lo envolvendo a sociedade. O político tem que usar os vários meios de comunicação para discutir e ouvir a opinião. Eu que sou avô, a gente sabe que é muito complicado educar nessa atual conjuntura, temos que dar educação, meios, estimular a se profissionalizar. Ter educação mais forte e qualificar melhor, não é somente diminuir a idade para punições mas preocupar-se na educação, na formação, de dar condições aos pais para dar meios de educar os filhos”.
Duplicação da BR-230. “O senador de Zé, Roberto Paulino, assume aqui de público, será uma das minhas primeiras ações ver como está essa obra, se isso tudo foi verdade e como está. Maranhão já me disse que é uma prioridade. Eu e Maranhão duplicamos a BR-230 e isso aí vamos fazer porque é um compromisso nosso”.
Nova Constituinte. “O STF está tomando iniciativas que são do Legislativo, mas alguém tem que fazer alguma coisa. Eu discordo, mas o Congresso está tão fraco e tão omisso, tem senador e deputado que se escondem. Roberto Paulino é ficha limpa. Sou a favor da constituinte o Brasil precisa de uma reforma política, econômica. Na hora que o Congresso puder discordar de um ministro, mas tem deputado e senador que não passa nem na porta do Supremo, tem uns que têm medo até de guarda-noturno. Tem que ter homem que tem moral para criticar, apoiar e discordar”.